Tudo aquilo que está em nosso meio pode dizer muito de como está o nosso coração. Também somos responsáveis pelo ambiente que nos cerca. Existe um clima em torno de nós, que é somatório dos aspectos emocionais – compostos de bons sentimentos e tensões – e dos aspectos materiais, ou seja, a disposição dos objetos e impressão visual deles.
As coisas que possuímos ou utilizamos ficam impregnadas com a nossa marca, são como uma extensão nossa. Por exemplo: alguém que apresenta um
desleixo com seus pertences e com sua apresentação pode dar um indicativo de que está deixando de acreditar em si e de gostar de si mesmo. Um dos sintomas da depressão é a pessoa não reagir e não se importar muito com nada que a circunda.
Então, a via inversa também pode ser um meio de começar a organizar o interior. Se estamos desanimados, se chegamos à conclusão de que necessitamos de uma mudança interior, podemos começar pelas coisas exteriores.
Arrumar a cama, pintar a casa, desfazer-se de roupas que não mais usamos, tirar papéis velhos da gaveta, criar a coragem de jogar fora fotos de relacionamentos passados e que não nos fizeram bem, desentulhar as coisas que estão naquele cômodo dos fundos, e claro, o cuidado consigo mesmo, são o pontapé inicial para muitas mudanças no todo da vida e um gesto concreto e material de renunciar aos desacertos.
Há muitas coisas guardadas em nossas casas, no escritório, na garagem, que correspondem a tralhas antigas no coração. Algumas têm ligação direta, são lembrancinhas para um saudosismo, mas, outras coisas significarão somente a vontade de uma vida nova, de mudança.
Faça hoje sua reflexão! O que tenho comigo que não me faz crescer?
Ainda que num primeiro momento tenhamos que fazer um grande esforço para começarmos a faxina da alma (pois somos apegados até mesmo aos males sofridos) o resultado será compensador.
Quando nos dermos conta, até mesmo sensações feridas e a autoestima podem melhorar e muito.
Com toda certeza, não é modificando o exterior que preencheremos de sentido a nossa alma.
Mas é um bom começo mudar as coisas de fora para transformar as de dentro da gente.