A comparação entre janeiro de 2016 e o mesmo período deste ano mostra retração de -4,59% no total de pessoas negativadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná
A comparação entre janeiro de 2017 e o mesmo período de 2016 mostra que a região Sul do Brasil apresenta a maior queda percentual no número de inadimplentes no país, de acordo com levantamento realizado pelo SPC Brasil. A retração foi de -4,59%, demonstrando que gaúchos, catarinenses e paranaenses estão procurando quitar suas pendências financeiras. Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná totalizam 8 milhões de pessoas em situação de inadimplência, o que corresponde a 36% da população dos três estados. No Brasil, o mês de janeiro deste ano registra 58,3 milhões de negativados, um acréscimo de 700 mil nomes em um período de 12 meses.
Embora o crescimento anual tenha sido substancial em todo o país, na virada de dezembro de 2016 para janeiro de 2017 ocorreu a estabilização do número de negativados. No último mês do ano passado eram, também, 58,3 milhões. O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, lembra que a desaceleração do crescimento da inadimplência na região Sul já é verificada desde o início do segundo semestre de 2016.
A forte recessão que o país enfrentou no último ano reduziu significativamente o poder de consumo e a capacidade de pagamento de pendências financeiras da população. Como as pessoas estão comprando menos, existe a propensão para terem menos dívidas, o que ajuda a diminuir este patamar de negativados. Também contribui para isso o fato de que muitos estão buscando quitar suas dívidas a fim de tirar o nome da lista de inadimplentes – enfatiza o presidente da FCDL-RS.
A FCDL-RS também dá algumas dicas aos consumidores na hora de renegociar suas dívidas junto aos credores. A principal delas é planejar a capacidade de pagamento mensal do débito, para não causar problemas em outros itens do orçamento familiar. Além disso, sempre que possível, efetuar o pagamento à vista, desde que exista dinheiro suficiente para isso. É importante fugir dos juros exorbitantes de utilização do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito.
Em relação ao volume de dívidas em nome de pessoas físicas, no mês de janeiro de 2017, os moradores da região Sul registram uma média de 2,263 contas em atraso. As dívidas por setores da economia também tiveram queda entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, sendo a mais significativa a de água e luz (-43,30%), seguida por comunicação (-18,08%) e comércio (-9%). Em ternos de participação nas pendências, os bancos são os maiores credores, representando 47,82%, vindo a seguir o comércio, com 23,39% do total.
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