Celso Ederson Siqueira Benta, de 41 anos, morreu na noite de 16 de março, no Bairro Progresso
Letícia Cunha, filha de Celso Ederson Siqueira Benta, de 41 anos, morto na noite de 16 de março no Bairro Progresso, em Santa Cruz do Sul, após uma partida de canastra, expressou o sentimento da família depois do episódio que tirou a vida do pai.
Segundo Letícia, a família enfrenta um vazio desde a perda de Celso. "Estamos sem respostas. Eu vi meu pai sem vida, atirado no chão e vi um assassino sair pela porta da frente da delegacia. Eu recebi um monte de abraços e palavras de consolo de pessoas que presenciaram a cena, mas não socorreram meu pai ou, ao menos, segurassem o assassino para que fosse preso em flagrante. Não aguentamos mais", disse a filha.
De acordo com a familiar, a busca por justiça tira o sono dos que viviam no entorno da vítima. "Uma família ficou em pedaços. Ele nunca fez mal a ninguém, era rodeado de amigos, sempre sorridente. Um sorriso que só vamos ver por fotos e nas lembranças. Tiraram o meu pai de mim, minha filha não teve a oportunidade de ter um avô incrível. É uma tortura ter que viver e saber que ele não vai voltar. Se eu soubesse, teria dado um abraço muito mais apertado da última vez. Queremos justiça, e que ela seja feita o quanto antes, que o responsável seja preso", desabafa Letícia.
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De acordo com o delegado Alessander Zucuni Garcia, responsável pela 2ª Delegacia de Polícia de Santa Cruz do Sul e que comanda a investigação, o caso teve início durante uma partida de canastra, onde a vítima e outro jogador estavam envolvidos. O agressor, que estava no bar, foi acusado pela vítima de auxiliar o jogador. Conforme Alessander, apesar de alegar legítima defesa, o agressor poderia ter buscado ajuda médica para seus ferimentos, mas optou por retornar armado. Há relatos de testemunhas que indicam desentendimentos anteriores entre os envolvidos.
No dia seguinte ao crime, um jovem de 23 anos se apresentou na delegacia e confessou ser o autor do crime. Segundo o delegado, imagens das câmeras de segurança do estabelecimento mostram o momento em que a discussão se iniciou. Inicialmente, a vítima agride o responsável pela morte, que cai e recebe um chute no rosto. Logo depois, o jovem deixou o local, foi até sua residência, pegou uma faca e retornou ao bar.
O delegado explicou que o inquérito está em fase de conclusão, aguardando apenas perícias pendentes. "No que se refere à prisão do infrator, até o momento não vislumbrei a presença dos requisitos legais que permitem a representação pela prisão preventiva", concluiu Alessander.
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