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“O Brasil perde ao participar da Convenção-Quadro”, aponta Presidente do Novo Stifa

Publicado em: 05 de fevereiro de 2024 às 18:03 Atualizado em: 18 de março de 2024 às 14:36
  • Por
    Emily Lara
  • Fonte
    Assessoria de Imprensa
  • Foto: Divulgação/Assessoria de Imprensa
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    No primeiro dia da COP-10, comitiva de autoridades, políticos e imprensa do país é barrada no Centro de Convenções do Panamá

    A abertura da 10ª Conferência das Partes para o Controle do Tabaco (COP-10) ocorreu sem a participação de parte da delegação brasileira ao evento. A comitiva que representa os trabalhadores, produtores, indústria e os deputados estaduais e federais que defendem a cadeia produtiva ficaram de fora do Centro de Convenções do Panamá. A situação desagrada a representação que tentará a via diplomática para mudar o tratamento à delegação nacional.

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    Conforme o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (NOVO STIFA), Gualter Baptista Júnior, na última COP presencial, ocorrida em 2018, em Genebra, na Suíça, a representação dos trabalhadores teve acesso ao plenário. “Eu estive dentro do plenário, acompanhando e me manifestando por escrito. Tivemos este privilégio, diferentemente dos políticos e da própria imprensa. O governo brasileiro traz, como signatário da Convenção-Quadro um posicionamento de cada vez mais cercear a produção do tabaco. Nós, mesmo com credenciais negadas não podemos sair da defesa deste setor. Se não estivéssemos aqui, muito mais restrições poderiam ser aprovadas”, justifica o dirigente que é também presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo).

    Baptista Júnior pontua que, ao ser signatário da Convenção-Quadro, desde 2005, o Brasil retrocede, especialmente por ter uma vocação na produção do tabaco, que uma atividade centenária responsável pelo desenvolvimento de toda a região, que faz parte da cultura e da organização econômica dos municípios. “O Brasil perde participando desta convenção. Nosso país é um grande player mundial de tabaco, no qual toda a região Sul é envolvida nesta atividade. Por isso que o Brasil só perde ao ter, politicamente, assinado esta convenção ou estando presente a esta discussão. Meia dúzia de pessoas querem inviabilizar esta produção em detrimento de milhares”, complementa.

    No fim da tarde desta segunda-feira (5), a comitiva de lideranças brasileiras reúne-se para alinhar uma visita diplomática ao embaixador do Brasil no Panamá, Carlos Henrique Moojen de Abreu e Silva. A ideia é utilizar a embaixada e a relação diplomática do Brasil com o Panamá para tentar chancelar a participação da comitiva que representa a produção e industrialização do tabaco no país.