22 argentinos foram encontrados em uma lavoura de uva no município de São Marcos
A articulação e o monitoramento do apoio aos 22 trabalhadores argentinos encontrados em situação análoga à escravidão em um lavoura de uva no município de São Marcos foram discutidos em uma reunião realizada na sexta-feira (2) em Caxias do Sul.
Participaram o titular da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Fabrício Guazzelli Peruchin, a Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae/RS), vinculada à pasta, e representantes das secretarias de Trabalho e Desenvolvimento Profissional (STDP) e de Desenvolvimento Social (Sedes).
Leia também: Risco de afogamentos aumenta durante o verão
As vítimas, entre elas um adolescente de 16 anos, foram encontradas na noite de quarta-feira (31) e levadas a Caxias do Sul, onde estão abrigadas numa casa de acolhimento. “Nosso trabalho aqui é monitorar e acompanhar as ações do fluxo nacional e do fluxo estadual intersetorial de atendimento às vítimas, criado por decreto em 2023 pelo governador Eduardo Leite. Além disso, trabalhamos sob as diretrizes do Pacto Federativo para a Erradicação do Trabalho Escravo, assinado em janeiro. Na reunião, vimos na prática que os fluxos estão funcionando e as pessoas sendo atendidas, acolhidas e ficando seguras e com saúde”, afirmou Peruchin.
O Rio Grande do Sul participa do Pacto Federativo para a Erradicação do Trabalho Escravo desde 2017. Além da cooperação com novo fluxo nacional de atendimento a vítimas em casos análogos à escravidão, outra mudança importante apresentada é a possibilidade de participação dos municípios, que agora poderão se juntar aos Estados no cumprimento das normas do documento.
Confira ainda: União Corinthians volta ao Arnão para encarar o Cerrado
“Tão logo começou a operação do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho e Emprego nesta semana, os órgãos do Estado foram comunicados e acionamos as equipes para o atendimento”, completou Peruchin. A SJCDH fez contato com o Consulado da Argentina no Rio Grande do Sul para que autoridades do país vizinho acompanhem o caso.
Os trabalhadores resgatados, provenientes da província de Misiones, na Argentina, têm entre 16 e 61 anos. O arregimentador, também argentino, foi conduzido à delegacia da Polícia Federal (PF) de Caxias do Sul e preso em flagrante pelos crimes de redução à condição análoga à de escravo e de tráfico de pessoas.
Eles foram trazidos ao Estado para trabalhar na colheita de uva em propriedades de São Marcos e da região. A produção destina-se ao consumo in natura e à produção de geleias e é comprada por empresas de Santa Catarina e do Paraná.
A fiscalização flagrou os trabalhadores vivendo em alojamentos superlotados e em condições precárias. Sem camas suficientes, precisavam dormir em colchões. Havia frestas nas paredes e risco de incêndio pela precariedade das instalações elétricas. Em uma das casas, faltava água encanada para banho e necessidades básicas. Os resgatados permaneceram no local por cerca de uma semana.
Notícias relacionadas
Especialista aborda a saúde mental nas empresas
Promovido pela ACI de Santa Cruz, o tradicional evento empresarial terá como painelista o psicólogo e consultor, Fernando Elias José
Lersch reinaugura loja com mais de mil metros quadrados
Empresa localizada no coração de Vera Cruz há 38 anos reabre neste sábado (21), repleta de novidades aos clientes
Ana Nery promove 13ª Jornada Cuidando do Cuidador
Na semana em que completou 69 anos, Hospital Ana Nery realizou evento para os colaboradores da instituição
Centenas de mudas de árvores são plantadas no Vale do Taquari
A ação, que prevê a revegetação de áreas atingidas pelas enchentes, é alusiva ao Dia da Árvore, celebrado em 21 de setembro