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Astor Kist: uma vida longeva atrelada à saúde e ao futebol

Publicado em: 16 de janeiro de 2024 às 09:32 Atualizado em: 06 de março de 2024 às 14:23
  • Por
    Guilherme Bender
  • Fonte
    Jornal Arauto
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    Sócio há 20 anos, ele será homenageado pela AABB no próximo sábado, em um torneio que levará o seu nome

    Para alguns, somente um esporte. Um jogo em que 11 homens de cada lado buscam acertar um grande retângulo tingido de branco com uma esfera. Para outros, uma paixão. Este é o caso Astor Pedro Kist. Aos 83 anos, o atleta veterano celebra saúde e segue na prática do querido futebol. Tamanha longevidade junto à redondinha levou a conhecer diferentes lugares do mundo, fazer amigos de várias nacionalidades e o ajudou a se tornar um ícone no Vale do Rio Pardo.

    O início

    Como quase todo menino, Astor começou a jogar bola ainda criança junto com amigos. As “peladas” ocorriam em um potreiro, onde o amor pelo futebol floresceu. Natural de Linha Arlindo, no interior de Venâncio Aires, ele despontou em campeonatos amadores pelo município e também em competições regionais, em que carregava o nome da Terra do Chimarrão por todo Vale do Rio Pardo. “Foram muitas memórias, muitos gols e muitas partidas. Lembro de um golaço que fiz de cabeça, recebi o cruzamento e cabeceei. Foi com muita força”, recorda Astor. “Tinham jogos mais pegados, algumas equipes eram mais truncadas em que tínhamos que tomar cuidado com entradas violentas e pés altos, mas sempre foi muito bom jogar”.

    AABB

    O jogador já entrou em campo em diferentes posições. Era inicialmente ponta direito, passou a ser centroavante e hoje, atua como zagueiro. Após as memórias vividas nos campeonatos amadores, Astor entrou para o Sênior Clube da Associação da AABB, onde seguiu fazendo o que ama. Por lá, fez ainda mais amigos e se internacionalizou.

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    Com o Sênior Clube, Astor fez um tour pela Europa. O principal destino foi a Alemanha, mas o jogador também conheceu a Inglaterra, Holanda, Bélgica e a França. “Fui para lá em 2005. Eles ficaram surpreendidos como nós falávamos bem a língua alemã. Lá jogamos futebol com os ingleses e alemães”, relata.

    A pandemia de Covid-19 cessou as atividades de Astor junto ao grupo Sênior Clube, que passou a atuar com Amigos da AABB. O atleta, no entanto, seguiu com atividades físicas e, conforme relata, foi um dos poucos que retornou quando a normalidade estava de volta. Hoje, a equipe é pequena, mas segue ativa.
    Além do futebol, Astor foi vice-campeão estadual de bolão, quando ainda praticava o esporte. Ele também é apaixonado por pescaria.

    Longevidade

    Chegar aos 80 anos já é um grande feito. Chegar jogando bola é uma conquista. Para tamanha energia e disposição, Astor tem um segredo: a boca. “Tudo vem da alimentação. Como apenas coisas naturais e raramente me alimento com algo que tenha açúcar. Vegetais, frutas, legumes e ovos são o principal na dieta”, frisou. Todas as manhãs, Astor levanta da cama e vai ao quintal colher alguns punhados de salsa. Os mastiga e então dá início ao dia. “Faz muito bem para os rins. Deixa-os limpos”, explica. Pão, somente integral, e óleos, somente os de oliva. “Um litro de refri dura três anos”, brincou. Sem perder o lazer, Astor sabe equilibrar a boa alimentação e “soltar-se” um pouco quando há oportunidade. “Vez ou outra, no fim de uma festa, rola uma cervejinha”, disse. Além disso, vinho, em pequenas quantidades e conforme orientação médica. “Bebo um cálice todas as noites.”

    Homenagem

    No próximo sábado (20), a trajetória de Astor será homenageada na AABB, com o  Torneio de Integração Taça Astor Pedro Kist de Futebol Masculino. A competição vai contar com seis equipes divididas em dois grupos cada. O campeão de cada chave faz a final.

    A ideia partiu do diretor de futebol da AABB, Davi Brum Candido, e acatada pelo presidente da associação, Ronaldo Pereira Rodrigues. Ainda haverá uma confraternização.