Casos ficaram abaixo da estimativa prevista pela Polícia Militar
O crime que envolve o furto de animais do campo para o consumo da carne, o abigeato, apareceu, em indicadores oficiais, abaixo da estimativa prevista pela Polícia Militar no ano de 2023 em Vera Cruz e Santa Cruz do Sul. Os municípios não estão isentos à pratica, embora consigam manter o crime abaixo da meta estipulada para o ano, com exceção de Vale do Sol, onde, de 2022 para 2023, os casos quase dobraram.
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De acordo com o coronel Giovani Paim Moresco, Comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo, a região da 23 BPM, que compreende 23 municípios em sua região territorial, dentre eles Vera Cruz, Vale do Sol e Santa Cruz, de 2016 para 2023 a redução nos casos de abigeato é consideravelmente boa, permanecendo dentro da meta do CRP.
“Existe uma variação nos números de um ano para outro, mas temos nos mantido dentro das metas que estipulamos e, em alguns municípios, abaixo. Passamos de 681 casos, em 2016, para 262 casos em 2023”, confirmou. Outro dado apontado estatisticamente pelo sistema de gestão utilizado pelo comando é de que o pico do furto abigeato ocorre nos meses mais frios do ano, entre maio e agosto.
A redução dos casos
“Não podemos desconsiderar o sistema de parametrização do rebanho bovino”, mencionou Moresco ao falar sobre a diminuição dos casos ao longo dos últimos anos. Ele conta que o monitoramento já é realizado pelo próprio produtor que vinha sofrendo queda em sua produção. Algumas sugestões para o controle do rebanho são o recolhimento do animal para as invernadas, a marcação e a chipagem. Além disso, a atuação da Patrulha Rural nas propriedades acaba sendo uma importante ferramenta no combate ao crime.
O abigeato na região tem como causa a comercialização clandestina de carne, conforme explicou Moresco. “Por isso pedimos também a atenção de quem consome o produto. No interior, locais onde existe a oferta da carne a um preço abaixo do praticado no mercado, alertamos para que se desconfie”, frisa. A maior incidência de furto acontece em rebanhos bovinos. “Já tivemos casos de suínos, mas a maioria dos crimes são praticados com os bovinos”, revelou.
O crime é grotesco, considerou o comandante. “Eles vão em busca de carne mesmo. Além da crueldade da prática existe o desperdício, porque eles levam cerca de um quarto do animal e deixam o resto à deriva. Muitas vezes o proprietário só se dá conta da perda do animal algum tempo após o abate”, conta.
Em novembro de 2023, o CRP já igualou o número de operações, atendimentos e ações realizadas em 2022, o que comprova a atuação mais intensa junto aos municípios de sua cobertura.
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