Júri desclassifica acusação de tentativa de homicídio em caso envolvendo perseguição com carro

O júri desqualificou o crime de tentativa de homicídio de Rodrigo Goetze contra Uelington Mateus Pires. Liderada pelo Ministério Público, a acusação alegou que o réu tentou matar o homem em 16 de agosto de 2019, durante uma perseguição na Avenida General Flores da Cunha, no centro de Sinimbu. No entanto, a sessão da tarde desta quinta-feira (31) desclassificou a acusação, absolvendo o réu da tentativa de homicídio.

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O caso havia ganhado notoriedade devido às circunstâncias em que ocorreu. Segundo a acusação, Rodrigo Goetze teria tentado matar Uelington Mateus Pires utilizando um Fiat Uno, em um ato motivado pela recusa de Rodrigo em aceitar o término do relacionamento afetivo entre eles. De acordo com o Ministério Público, Uelington estava pedalando sua bicicleta quando Rodrigo, a bordo de seu veículo, começou a perseguir Pires.  

Para escapar, Uelington subiu na calçada e continuou sua fuga de bicicleta. No entanto, Rodrigo também passou a trafegar no passeio público. O caso terminou com uma colisão entre o veículo de Rodrigo e outros carros estacionados na via pública.

Durante o julgamento, Uelington alegou que mantinha uma amizade com o acusado há cerca de dois anos e que nunca houve um relacionamento afetivo entre eles, contrariando a versão da acusação. Pires ressaltou que o acusado, quando sob efeito de álcool e drogas, alegava publicamente que havia um relacionamento amoroso entre eles, o que causava constrangimento.

Além disso, Pires afirmou ter sido alvo de ameaças por perfis falsos em redes sociais, vindas do acusado, que também ameaçava sua companheira, familiares e amigos. Ele chegou a registrar um boletim de ocorrência sobre essas ameaças nas redes sociais. Segundo a vítima, esse comportamento era recorrente, especialmente quando o acusado consumia álcool e drogas.

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A defesa do réu alegou que ele reconheceu sua autoria no incidente, admitindo ter tentado atropelar a vítima, mas negou qualquer intenção de matar. O Conselho de Sentença, formado por quatro homens e três mulheres, após análise das provas e dos depoimentos, decidiu desclassificar a acusação de tentativa de homicídio.