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Cães conseguem prever crises de hipoglicemia em diabéticos

Publicado em: 30 de abril de 2017 às 08:56 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 13:45
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Estadão e Só Notícia Boa
  • Foto: Reprodução/Internet
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    O alerta do melhor amigo do homem se deve ao olfato superdesenvolvido, muito mais apurado do que o dos humanos

    Você sabia que cachorros conseguem prever crises de hipoglicemia em diabéticos e avisar antes que elas aconteçam? Sim, eles podem alertar – com lambidas ou com latidos – quando o nível de açúcar no sangue cai e o paciente está prestes a ter uma crise de hipoglicemia, mesmo antes de a pessoa ter um desmaio, ou uma convulsão. A técnica de ter um cão-assistente ao lado, treinado para ajudar a se precaver contra essas mudanças no metabolismo, vem sendo estudada em uma pesquisa da Universidade de Bristol, no Reino Unido.

    No Brasil, a ideia tem público: há cerca de 11 milhões de diabéticos no Brasil – desses, de 5% a 10% (550 mil a 1,1 milhão) sofrem do tipo 1 da doença, a mais suscetível às crises, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes. Pacientes com esse tipo de diabete precisam monitorar constantemente a glicemia no sangue e tomar várias injeções de insulina ao longo do dia para não sofrer por conta da falta de açúcar no sangue. Sem o hormônio, as crises surgem com tonturas, tremedeira, desorientação e, em casos mais graves, desmaio, convulsões, coma e morte.

    Superolfato

    O alerta dos cães se deve ao olfato superdesenvolvido, muito mais apurado do que o dos humanos. A hipótese é de que eles são capazes de farejar odores como o do isopreno, exalado pelo paciente quando a glicemia no sangue está baixa. A informação foi dada por pesquisadores de uma outra universidade, a de Cambridge, em um artigo publicado no ano passado na revista Diabetics Care.

    No experimento, os cientistas reduziram, no laboratório, a glicemia no sangue dos voluntários com diabetes tipo 1 e viram que o nível de isopreno subiu bastante – quase dobrou em algumas pessoas. A possível explicação é de que cachorros sejam sensíveis a essa substância.

    * As informações desta matéria são do Estadão e do site Só Notícia Boa.