Discussão se deu em torno de uma moção de apoio ao governador em função do posicionamento favorável à permanência do modelo no estado
A proposta de transformar uma escola em modelo cívico-militar em Santa Cruz foi o centro de uma discussão na sessão da Câmara de Vereadores dessa segunda-feira (31). O debate se deu em torno de uma moção de apoio ao governador Eduardo Leite e ao deputado federal Zucco, em função do posicionamento favorável à permanência das escolas cívico-militares no estado.
O vereador Albert Heck (PT) levantou preocupações sobre o projeto em andamento na Escola Santa Cruz. Segundo ele, existe uma falta de conhecimento sobre o papel e funcionamento das escolas cívico-militares. Ele ressaltou que, em diferentes regiões, muitas pessoas confundiram com as escolas militares e apoiaram a criação sem entender que elas são instituições com padrões completamente diferentes.
“As escolas militares também públicas, mas em um padrão totalmente diferente, com professores com outros salários e com estruturas muito diferenciadas. Na verdade, o objetivo da escola cívico-militar, na Escola Santa Cruz, era buscar a padronização com uniformes, colocação de auxiliares de disciplina, na pessoa de militares aposentados. Eu quero registrar meu voto contrário a essa indicação por diversos motivos”, falou.
Em resposta, o vereador Raul Fritsch, do partido Republicanos, demonstrou apoio ao modelo cívico-militar e afirmou que, como pai, defenderia essa opção para a educação de seus filhos. Ele destacou a importância da disciplina e do ensinamento proporcionados pelas escolas cívico-militares, afirmando que uma educação bem direcionada colabora significativamente para o desenvolvimento das crianças.
“Teu posicionamento, vereador Alberto, não me surpreendeu. A doutrina de vocês vêm de Brasília e, hoje, estão no poder, infelizmente. Dizer que apoiamos e temos certeza que o governo municipal assumiu um compromisso com o deputado Zucco de transformar uma escola e ter esse modelo em Santa Cruz. Apoiar a escola cívico-militar é dar mais ensinamento para nossas crianças”, colocou.
A vereadora Nicole Weber (PTB) optou por se abster do voto, respeitando o direito de escolha de quem deseja colocar seus filhos em escolas cívico-militares. Ela destacou a importância da democracia, afirmando que cada pessoa deve ter a liberdade de optar por essa modalidade de ensino se assim desejar. “Eu não sei se colocaria meu filho em uma escola cívico-militar, mas sou da ideia que vivemos em uma democracia. Eu quero que as pessoas que querem colocar tenham essa opção”, explicou .
Por sua vez, o vereador Francisco Carlos Smidt (PSDB) manifestou seu apoio às escolas cívico-militares. Ele expressou a saudade dos tempos em que as escolas eram mais cívicas, onde cantava-se o hino nacional com orgulho e o professor era respeitado como referência. “Por que as escolas civico-militar atingiram esse reconhecimento? Houve uma completa inversão de valores. Educação vem de casa e ensinamento é na escola. Hoje, grande parte pensa que, colocando um filho dentro da escola, vai aprender respeito”, disse.
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