Marcelo Moraes demonstra indignação com o STF: “Trocaram a toga preta pela vermelha”

O deputado federal Marcelo Moraes (PL) expressou sua insatisfação com o Supremo Tribunal Federal (STF) em uma entrevista concedida à Arauto FM. O político afirmou que os ministros da corte têm abandonado sua imparcialidade. Durante a conversa, o parlamentar também abordou temas relacionados à sua atuação na Câmara dos Deputados e criticou a postura do atual governo em relação ao setor tabagista.

Marcelo Moraes, que já ocupou a posição de vice-líder do governo em um mandato anterior, ressaltou a diferença entre a administração passada e a atual. “Era um governo que tinha um plano de desenvolvimento, que reduzia impostos. Agora, temos um governo diferente e sou oposição. É um programa totalmente diferente, que tem feito uma farra muito grande com dinheiro público”, falou. 

O deputado destacou a criação de 15 novos ministérios, elevando o total para 37. Para Marcelo Moraes, esse tipo de ação configura uma tentativa de ressuscitar a antiga prática política de troca de cargos por apoio. “Esses ministérios vão custar R$ 2,5 bilhões, para tentar fazer um grande acordo, para ter maioria consolidada dentro do Congresso Nacional. Tem sido um momento difícil”, expressou. 

No entanto, o ponto mais preocupante para o deputado é a falta de harmonia entre os poderes. Marcelo Moraes expressou sua indignação em relação ao STF, acusando a corte de extrapolar suas atribuições. “Eu tenho dito por aí não escondo. Os ministros do STF não servem mais a Constituição, a população brasileira. Eles trocaram a toga preta pela vermelha e estão a serviço do ideal de esquerda”, disse.

Durante a entrevista, o deputado federal ainda discutiu a diferença entre a condução do tema tabaco no Brasil. Segundo Marcelo Moraes, durante o mandato anterior, não houve perseguição aos produtores de tabaco e o governo conseguiu encerrar a Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq), removendo obstáculos e proporcionando segurança aos produtores. 

Ele criticou a atual gestão. “O governo petista, em seis meses, começa a mostrar o que fez no passado. Uma campanha do Ministério da Saúde, ao invés de falar dos malefícios do cigarro e tentar diminuir o número de fumantes, ataca produtores, de serem responsáveis pelo desmatamento e poluição. É um total desconhecimento”, concluiu.