Jovem empresário vera-cruzense conta como leva os ensinamentos do pai na administração dos negócios
A história de sucesso da família Pick em Vera Cruz e região segue com os ensinamentos deixados por Giovane Pick, empresário vera-cruzense e um dos ícones do motocross do Rio Grande do Sul. O filho Felipe Pick, de 26 anos, entende a responsabilidade que é carregar o sobrenome e administrar o legado deixado pelo progenitor.
"É uma confusão de sentimentos. Ao mesmo tempo de entender o tamanho da missão, é algo que eu não queria, mas é a realidade. Um ensinamento que meu pai me deixou durante a vida dele foi enfrentar as situações sem medo. Desde pequeno eu o acompanhei, me ensinou todos os passos", explicou Felipe.
Felipe contou que, desde a infância, ajudava o pai nos negócios da família. "Trabalhei como frentista, também trabalhava enquanto o pessoal do posto estava de férias. Nas minhas férias da escola eu tinha mais tarefas que quando estava estudando", brincou.
Atualmente, o jovem administra os negócios dos Postos Central e da Transpick. "Nos últimos anos eu já estava tocando a transportadora sozinho. Nós já somos entre 50 pessoas na transportadora, em um cenário nacional. Trabalhamos com carga fechada, atendendo grandes empresas. É uma empresa que foi uma conquista do meu pai, que começou do zero, com apenas um caminhão", conta Pick.
Para Felipe, a busca por conhecimento além dos ensinamentos do pai também foi muito imporante no processo. "Alinhei o que eu estudava fora com as atitudes dele no cotidiano, e as coisas foram se completando e cada vez evoluindo mais. Sempre há muita coisa para melhorar. Enfrentamos muitas coisas e meu pai sempre me mostrou os melhores caminhos. O maior ensinamento dele é o controle emocional. Ele sempre dizia para não levar para o coração e sempre ser muito racional", lembra. Atualmente, Felipe, ao lado da família, administra 15 postos de combustíveis em funcionamento, e gerencia uma equipe de mais de 100 colaboradores.
Paixão por esportes
Seguindo o exemplo do pai, Felipe também já se arriscou em competições envolvendo velocidade. "Tenho uma grande paixão por esportes. Corri de moto a vida toda, mas já joguei vôlei uma época. Tive que parar nos últimos anos por conta dos estudos e focar nos negócios. Não gosto de correr para perder, então resolvi parar. Mas meu pai via que eu gostava e precisava disso, então às vezes me chamava para dar uma corrida de carro ou moto", relembra o jovem.
A resiliência e o amor pelo que fazia são as principais heranças que Felipe leva do pai Giovane. "No início chegava a doer, por tudo que acontecia no dia, tudo que ele enfrentava. e ainda chegava à noite e ele ainda tinha uma energia para brincar com a gente. Aconteceram grandes problemas no meio do caminho que desanimaram, mas nunca vi ele um dia acordar e pensar em desistir". Felipe finaliza com a frase que o pai sempre usava. "Tem que acordar com fome de vencer todo dia".