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Carlos Henrique celebra início artilheiro no Avenida: “Espero dar muitas alegrias ao torcedor”

Publicado em: 08 de fevereiro de 2023 às 08:57 Atualizado em: 04 de março de 2024 às 17:26
  • Por
    Nícolas da Silva
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Pâmela Brilhante/EC Avenida
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    Centroavante é o destaque da equipe comandada por Márcio Nunes neste início de Gauchão

    O bom início de Campeonato Gaúcho do Avenida, de Santa Cruz do Sul, traz alguns destaques individuais na equipe comandada pelo técnico Márcio Nunes. Natural de Sorriso, no Mato Grosso, e com passagens por vários clubes do Brasil, Carlos Henrique, conhecido como “El Tanque”, aproveita a boa fase nos Eucaliptos. São três gols em cinco partidas neste início de Gauchão, que já ajudaram o Periquito a conquistar oito pontos no campeonato. 

    Momento no Periquito

    O trabalho feito aqui é muito bom. Tenho só que agradecer ao Márcio, aos preparadores e à diretoria pela confiança que me deram. Eu estava há cinco meses sem jogar e eles me deram essa oportunidade. Preciso agradecer. Quando eu tive a primeira ligação com o Márcio, fomos muito sinceros. Ele falou o que queria de mim e eu falei o que pensava também, do meu estilo de jogo e como eu gostava de jogar. Graças a Deus tudo vem dando certo e ainda espero dar muitas alegrias ao torcedor do Avenida”, destaca Carlos Henrique.

    Com média de 0,6 gol por jogo neste início de Gauchão, o centroavante diz não gostar de trabalhar com meta de gols. Foram três gols marcados em cinco jogos. Os tentos foram todos no Estádio dos Eucaliptos, contra Internacional, Ypiranga e São Luiz. “Os números são bons, mas eu não costumo trabalhar com metas. Costumo deixar as coisas acontecerem ao natural, trabalhando e me empenhando cada dia mais. Quando há a entrega as coisas acontecem naturalmente”, frisa o jogador.

    Forte ligação com o Rio Grande do Sul 

    A ligação do mato-grossense com o Rio Grande do Sul vem desde o início da carreira do jogador, hoje com 27 anos. Em 2008, em uma peneira do Grêmio, o então meio-campo se destacou e veio para Porto Alegre realizar testes no Tricolor. “Eu consegui passar na peneira e vim para o Sul jogar na base do Grêmio, onde fiquei quatro anos. Depois me transferi ao Inter, onde fiquei pouco mais de um ano. Dali eu fui ao Juventude, onde fiz a Copinha em 2013, sendo artilheiro da equipe”, relembra o Tanque. O início como profissional aconteceu na Serra Gaúcha, atuando pelo Juventude, em 2013. 

    A mudança de posição veio através do treinador Ricardo Colbachinni, então técnico da base do Grêmio. Para Carlos Henrique, o seu porte físico contribui muito para a adaptação do estilo de jogo que é realizado no Estado. “Rodei o Brasil, mas o Rio Grande do Sul é um lugar que eu me identifico muito, sempre tive boas passagens por aqui, é um lugar onde me sinto bem e confortável.  No Grêmio eu comecei de meia, pelo lado. Depois de um tempo, até pelo meu porte físico, o Ricardo Colbachini me colocou de centroavante, e dali eu não saí mais. Acho que o estilo de jogo do Rio Grande do Sul é bem compatível com o meu. É o Estado onde eu aprendi a jogar”, destaca o atacante.

    Auge de carreira

    “El Tanque” tem passagens por Juventude, Sport, Paraná Clube, Londrina, PSTC, entre outros. Na sua avaliação, os anos de 2017 e 2018, atuando no Londrina, foram o auge da carreira. “Fui artilheiro do ano no Londrina, aí fui fazer a Série A no Sport, onde também me destaquei. Nesse período eu acho que sou um dos maiores artilheiros do Londrina no século. Considero como o meu auge”, salienta. O atacante fez ao todo 23 gols em jogos oficiais pelo Tubarão, ocupando o top-3 de artilheiros do time no século XXI.

    Rodagem pelo Brasil

    A rodagem do jogador por vários campeonatos pelo Brasil ajudou no amadurecimento do atleta. Para o centroavante do Avenida, as experiências nas séries A e B do Campeonato Brasileiro foram fundamentais para elevar o seu nível de atuação e cobrança. “A rodagem ajuda muito, porque você acaba conhecendo muitos métodos de trabalho diferentes. Você conhece pessoas novas, que lhe ajudam a crescer. Fui muito ajudado na questão mental e também em relação à parte física, ao meu biotipo. Depois que você joga Série A e Série B, você percebe que o nível é muito mais alto e começa a se cuidar muito mais”, comentou.

    Memes e apelidos

    A posição de centroavante, cada vez mais rara no futebol brasileiro, atrelada ao porte físico de Carlos Henrique, gera apelidos e memes na torcida do Avenida. Ao longo da carreira, o mato-grossense já ganhou diversos apelidos nos clubes que passou, como "El Tanque", "Carlão Poltergeist", "Colheitadeira", "CH9" e "Panda". "Eu tento levar da melhor forma possível, na esportiva, na brincadeira. Acredito sim que os apelidos são carinhosos e não me importo muito. Eu tento sempre estar focado no meu trabalho. O importante é sair os gols e todos estarmos comemorando. Acho o "El Tanque" mais legal, é o que mais gosto. E é o que pegou para a galera e o próprio clube usa nas redes sociais", comentou.

    Futuro de carreira

    O principal objetivo do Periquito no Gauchão 2023, já destacado pela direção do clube em outras oportunidades, é a da permanência na elite do futebol gaúcho. Se o Avenida conquistar vaga em competição nacional, Carlos Henrique, que tem contrato até o final do Campeonato Gaúcho, se sente adaptado à cidade e ao clube para poder seguir escrevendo sua história em Santa Cruz do Sul. “Tenho o interesse de, quem sabe, poder permanecer. Não só eu, mas minha família adorou a cidade. Seguimos em busca de um desempenho para podermos ter um calendário melhor para o clube, e se isso acontecer, vamos sentar e conversar. Se for o melhor para todos, acerto a permanência”, finaliza El Tanque.

    O Avenida volta a campo nesta quinta-feira (9), contra o Aimoré, às 19h, no Estádio dos Eucaliptos.