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No aniversário de 80 anos, a vida de Guido Hoff vira obra

Publicado em: 03 de fevereiro de 2023 às 09:21 Atualizado em: 04 de março de 2024 às 17:18
  • Por
    Carolina Sehnem Almeida
  • Fonte
    Jornal Arauto
  • Foto: Carolina Almeida/ Jornal Arauto
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    Livro será lançado em comemoração na noite deste sábado, na Comunidade Católica, quando o ex-prefeito deve reunir centenas de convidados

    A  história da vida de alguém que se confunde com a história de Vera Cruz vai ser contada em livro. Do pitoresco a conquistas que marcaram o desenvolvimento do município, um personagem tem muito a contar. Conta com gosto e com emoção. E dá de presente para sua comunidade no dia do seu aniversário de 80 anos. Guido Hoff lança neste sábado, 4 de fevereiro, o livro “A vida é uma só”, sua biografia, escrita pelo jornalista Pedro Garcia. A obra, com mais de 200 páginas, poderá ser apreciada pelos mais de 400 convidados que prestigiarão sua festa na noite  de amanhã, no salão da Comunidade Católica Santa Teresa, no centro da cidade. Aos demais, ficará disponível à venda a partir de segunda-feira. Foram muitos meses de encontros semanais para Guido revisitar o passado, contar suas lembranças, se emocionar e reviver a sua vida, intensa, até que se transformasse em livro. E ao tê-lo em mãos, ele resume: “que possamos viver nossa vida plenamente”. É o que deseja, ao fazer sua própria retrospectiva.

    Tudo começa em Floresta…

    Foi lá em Linha Floresta, interior de Vera Cruz, que o filho de João Hoff Terceiro e dona Ana nasceu, há oito décadas. O irmão de Sandino e Maria Germana começa o relato de seu livro por onde sua própria história de vida começou e segue por pontos importantes de sua trajetória. A educação é uma delas e, por isso, sempre fez questão de citar a figura emblemática da professora Maria Olívia Kern. “Foi ela quem construiu a base, o alicerce do meu caráter”, frisa.
    Aos 12 anos foi para o seminário, em Taquari, e depois para o noviciado no convento em Daltro Filho. Quase virou padre. Quase. Mas a vida cristã sempre o acompanhou e seus estudos possibilitaram a oportunidade de virar professor em Linha Tapera, mais um capítulo importante de sua vida, na Escola Henrique Cândido Pritsch, onde narra passagens curiosas, inclusive com outros prefeitos vera-cruzenses que ali estudaram, Heitor Petry e Gilson Becker.

    Da Verafumos para a política

    Boa parte dos vera-cruzenses têm sua vida profissional ligada com a extinta Verafumos e a de Guido Hoff não é diferente. Tornou-se industriário e seguiu na fumageira até se aposentar. Mas intercalou com o que veio a se tornar sua paixão: a política. Como foi seminarista, o PDC, Partido Democrático Cristão, pressionou-o para que se candidatasse a vereador e “ajudasse” na legenda. Talvez ninguém imaginasse que, com 127 votos, Guido, aos 18 anos, se tornaria o vereador mais jovem do Brasil, numa época em que este cargo não era remunerado. Isso na terceira Legislatura do Município, entre 1964 e 1969, reelegendo-se na seguinte. 

    Dali, foi questão de tempo para galgar o posto mais alto e comandar a Prefeitura de Vera Cruz. A primeira vez foi em 1973, tendo Ivênio Mueller como vice-prefeito. Aliás, quando questionado pelo Nosso Jornal quem teria sido seu principal parceiro, aliado político em Vera Cruz, foi o nome de Ivênio que Guido lembrou, especialmente pelo equilíbrio de personalidades, que dava certo. Mas também relatou que sempre teve muita abertura com os vereadores, por exemplo. “Não lembro de ter projeto não aprovado nos meus mandatos. Se é a favor da comunidade, não tem porque rejeitar”, frisou. 
    Depois disso, Guido governou junto de Haroldo Genehr, de 1983 a 1988, e junto de Liro  Vollbrecht, entre 2005 e 2008. Sua última eleição ocorreu em 2016, tendo como vice-prefeito Alcindo Iser. A chapa conquistou 54,09% dos votos.

    Em quatro gestões, muitas coisas foram feitas e são motivo de orgulho para o ex-prefeito, por isso, obviamente, ganham espaço de destaque na publicação. Foram muitas estradas, prédios, escolas, pontes. Um prefeito marcado por desenvolvimento. Nem tudo aparece, frisa ele, mas alguns de seus “xodós” ele faz questão de relembrar, suas obras marcantes, como o sistema de telefonia automática, no fim da década de 70, e a eletrificação rural. “Lembro lá em Alto Ferraz, as senhoras acostumadas com o querosene, quando veio a luz elétrica, ficavam brincando de ligar e apagar, que nem criança”, diverte-se com as lembranças.

    Recorda em outra ocasião,  quando encheu a Praça José Bonifácio de crianças para receber o Secretário Estadual da Educação e pressionar pela instalação de uma escola polivalente – a Escola Vera Cruz, explicando que o município pequeno tinha um projeto-piloto para trazer seus estudantes do interior até a cidade, e assim originou o modelo do transporte escolar que existe em todo Estado, de forma pioneira.
    Os assuntos abordados na obra se dividem em 41 capítulos, eis apenas uma provinha do que o leitor verá em detalhes e eternizado por quem resolveu compartilhar sua trajetória com a comunidade.

    A reportagem completa está na edição impressa deste fim de semana do Jornal Arauto.