Processo apura responsabilidade de réus que teriam modificado a ordem da lista de espera para favorecer eleitores
A Justiça ouve, no mês que vem, novas testemunhas sobre o processo que apura o envolvimento de oito pessoas em um esquema para furar fila no Sistema Único de Saúde (SUS) em Vera Cruz. Ao todo, 20 pessoas devem falar – cinco pela acusação e outras 15 pela defesa. Agendada para começar às 13h, a audiência deve se estender ao longo da tarde no dia 13 de fevereiro.
As investigações do Ministério Público (MP) apontam que, entre janeiro e dezembro de 2017, os réus teriam modificado a ordem da lista de espera para favorecer eleitores que os procuravam. Eles foram denunciados por organização criminosa, já que havia distinção de tarefas entre cada um deles para cumprir as promessas de viabilizar a realização de exames e consultas sem custos.
No período das investigações, foram constatadas 44 inserções de dados falsos em sistemas informatizados utilizados em Vera Cruz para que pacientes moradores do município e região realizassem até mesmo cirurgias sem obediência à fila de espera ou critérios objetivos. Segundo o MP, foram registrados casos de pessoas que conseguiram agendamento com apenas alguns dias de espera, enquanto que outros pacientes aguardavam pelo mesmo procedimento por mais de quatro anos.
O que diz a defesa
O advogado William Cristiano Gomes Souza representa os acusados no processo e, procurado pela reportagem, encaminhou uma nota. "Os citados trabalharam sempre dentro da legalidade procurando orientar e auxiliar os munícipes em suas demandas. Por isso, vamos aguardar a análise de todas as provas e assim acreditamos que a justiça será feita”, diz o texto.
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