Pela quarta vez seguida, tentativa de venda das antigas instalações da Verafumos ficou deserta, sem nenhuma proposta
Não foi desta vez que o histórico prédio da antiga Verafumos foi vendido. Na manhã da última quarta-feira, dia 11, se encerrou o prazo para os interessados apresentarem propostas para os cerca de 128 bens imóveis do Banrisul, que continha três itens de Vera Cruz, sendo dois deles os imponentes prédios localizados no Centro da cidade.
Segundo o prefeito de Vera Cruz, Gilson Becker, havia expectativa de que houvessem propostas para a aquisição dos lotes, o que não se concretizou. Essa foi a quarta vez que os prédios foram para leilão e não tiveram interessados. Para Becker, a reativação da estrutura é de suma importância para o Município, tendo em vista o retorno econômico que as instalações poderiam dar. “É um prédio histórico de Vera Cruz. Desde 2021 estamos trabalhando para sensibilizar o banco sobre a importância da reativação do prédio. Conseguimos fazer com que houvesse uma redução no valor dos lotes, para assim atrair novos investidores. Já baixou de R$ 27 milhões para R$ 18 milhões neste último leilão”, revela Gilson.
Nova cartada
Nesta sexta-feira, dia 13 de janeiro, a Administração Municipal se reunirá com representantes do Banrisul para dialogar sobre a situação. Ainda, Becker conta que algumas empresas haviam demonstrado interesse em adquirir os lotes, tendo até visitado as dependências dos prédios.
A reunião terá como objetivo expôr a situação e viabilizar uma possível aquisição dos dois lotes de forma direta ou em um novo leilão, dentro de pouco tempo. Segundo o Prefeito, será um momento importante para buscar soluções em relação à imponente estrutura, que poderia gerar empregos e renda para a comunidade vera-cruzense. “Vamos dialogar com o Banrisul para buscar alguma alternativa. É uma área nobre do município que necessita estar com investimentos”, conclui Becker.
Os lotes
O mais valioso é o terreno urbano com área superficial de 17.249,76m², contendo um reservatório de água com área de 104,59m² e capacidade para 400m³; e um conjunto industrial de alvenaria com área de 24.585,02m², situados na rua Cláudio Manoel, nº 306. Trata-se do prédio da esquina, onde fica o relógio no lado externo da parede. O imóvel está avaliado em R$ 11,6 milhões.
Já o outro lote inclui terreno urbano com área superficial de 6.122,16m², contendo um prédio de alvenaria com área de 3.606,88m²; e outro prédio de alvenaria com área de 9.982,48m², situados no lado par da rua Alvarenga, esquina com a rua Thomaz Gonzaga. Este imóvel está avaliado em cerca de R$ 6,560 milhões.
Furtos
Diante das tentativas frustadas de ser vendido em leilão, o prédio continua sem perspectiva de uso. O abandono do local é visível, até pela sua localização, próximo à Praça José Bonifácio, ponto de encontro nos finais de semana. O espaço tem atraído pessoas que cometem furtos da fiação, dos ferros e demais materiais que estavam preservados durante anos no histórico prédio vera-cruzense. Inclusive parte do telhado já foi levada por ladrões.
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