Política

O que pensa Eduardo Leite sobre os pedidos de obras da região

Publicado em: 26 de outubro de 2022 às 10:34 Atualizado em: 04 de março de 2024 às 11:15
  • Por
    Eduardo Elias Wachholtz
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini
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    Em entrevista exclusiva, o candidato falou sobre o Aeroporto de Santa Cruz e o terminal portuário no Rio Jacuí

    A poucos dias dos eleitores gaúchos definirem quem será o responsável pela gestão do estado nos próximos quatro anos, Eduardo Leite falou, com exclusividade ao Grupo Arauto de Comunicação, sobre os pedidos de obras que recebeu da região. A reportagem buscou a assessoria do candidato Onyx Lorenzoni em diferentes oportunidades, ao longo da última semana, e ficou sem retorno.

    Quando esteve em Santa Cruz do Sul participando de um encontro com lideranças das entidades empresariais, em 09 de setembro, Leite recebeu uma carta elaborar pelos empresários a partir das demandas repassadas pelos municípios. Ainda no primeiro turno, na corrida eleitoral, o documento foi entregue para outros políticos que passaram pela Terra da Oktoberfest.

    Para Leite, o Vale do Rio Pardo merece uma atenção especial nas eleições e após o período, focando no futuro do Rio Grande do Sul. “Estamos falando de uma região muito importante do ponto de vista do empreendedorismo, culturalmente muito identificada a partir da sua cultura germânica”, falou.

    Veja as perguntas feitas ao candidato: 

    • Para Candelária, a prioridade é a conclusão dos 18 km da ERS-410, que liga o município ao entroncamento da ERS-403. Qual a visão do senhor sobre?

    São cerca de 18 quilômetros que precisam ser concluídos e, até onde me lembro, correndo o risco de não acertar, o Daer trabalha na transferência do contrato, que, na verdade, já há um contrato firmado para a obra de pavimentação, mas a empresa não tem condições de dar andamento. Então, o Daer trabalha na lógica de transferir para uma empresa que tem sede na região, que tem condições técnicas de executar essa obra. Não seria necessário rescindir o contrato e fazer uma nova licitação, o que seria mais demorado. Temos a possibilidade, se o Daer conseguir concluir o processo de negociação para transferir o contrato de uma empresa para outra, fazer o reequilíbrio e, logo em seguida, poder retomar as obras. No que depender de nós, vamos buscar a retomada ainda em 2022 de uma obra que é tão importante. Também é relevante dizer, como falei, a ERS-403 é uma rodovia que tem ligação entre Rio Pardo e Cachoeira do Sul, que está sendo pavimentada, uma obra super importante de pavimentação, de integração de duas regiões, que vai ajudar muito no desenvolvimento local.

    • Rio Pardo pede a construção de um terminal portuário no Rio Jacuí. Qual a opinião do senhor sobre o modal hidroviário?

    Acho que é pertinente. Eu tinha já uma conversa com o deputado estadual eleito Edivilson Brum nesta direção. Entendemos que é importante nós fomentarmos o uso das hidrovias, de águas internas, ou seja, nós viabilizarmos o transporte através das nossas hidrovias, especialmente ali do Rio Jacuí e, depois dele, em direção à Lagoa dos Patos e até o porto do Rio Grande. Então, é importante sim. É claro que envolve não apenas o terminal, como também dragagem dos canais pela hidrovia e sinalização, para que possamos ter condições de navegabilidade. O importante é dizer que agora o estado tem a capacidade financeira para poder fazer esse investimento e nós estaremos dispostos a construir condições de que esse terminal portuário se concretize e, assim, possamos fazer, em Rio Pardo, um espaço multimodal, viabilizando a passagem do trem, das rodovias e da hidrovia. E, com o aeroporto na região, viabilizar um espaço multimodal que ajude a desenvolver novos negócios.

    • Santa Cruz do Sul solicita a adequação do Aeroporto Luiz Beck da Silva, transformando-o em uma estrutura regional, para atender os Vales do Taquari e Rio Pardo. Como o senhor vê a questão?

    Acho que é uma demanda justa, legítima e vamos trabalhar para viabilizar a adequação, obras de infraestrutura para a qualificação do Aeroporto Luiz Beck da Silva, até porque, fruto de um esforço do nosso governo, ele passou a contar com voos de aeronaves de pequeno porte, mas que são o início de uma movimentação aeroportuária importante. Nós reduzimos o ICMS do querosene da aviação e, com isso, conseguimos começar a estimular a aviação regional, tanto de voos para Porto Alegre, ou seja, das cidades do interior para Porto Alegre, quanto de cidades do interior também diretamente a São Paulo. O nosso propósito é buscar dar condições para que Santa Cruz possa, ali na frente também, ser destino de voos diretos para os grandes centros, como é o Aeroporto de Guarulhos. Por isso, é muito importante que o aeroporto esteja em boas condições. Nós vamos trabalhar para adequação do aeroporto em Santa Cruz.

    • Sinimbu requer a construção de uma ciclovia no trecho da RSC-471 entre o município e Santa Cruz do Sul. Como o senhor avalia?

    Tem projetos interessantes que surgem na comunidade, como é o caso de uma ciclovia na estrada para Sinimbu. É uma cidade querida, que eu tenho vinculação pela família que tenho em Santa Cruz. Eu conheço bem a região e sei que tem uma beleza para exploração de turismo, desde que tenha infraestrutura adequada para isso. A gente pediu aos municípios que formatassem o projeto, nos apresentassem. Queremos tirar do papel essa ciclovia, como já estamos tirando uma, por exemplo, no Vale do Taquari, entre os municípios de Migrantes, Colinas e Estrela, que será a maior ciclovia intermunicipal do Brasil. A obra já está acontecendo com recursos do governo do Estado e queremos poder viabilizar esse projeto importante em Sinimbu. Então, a gente tem conseguido fazer investimentos e queremos antecipar essa parceria, essa relação com os municípios, para que a gente possa definir, dentro do próximo ciclo, as prioridades de investimentos que ajudem essa região, que é vocacionada para o desenvolvimento, a se desenvolver cada vez mais.

    • Venâncio Aires destaca a retomada das obras da ERS-244, no trecho que liga a Capital do Chimarrão a Vale Verde. O senhor acompanha a situação de perto?

    Sei que é uma rodovia demandada há muito tempo. Nós conseguimos concluir uma negociação com uma construtora de rodovias que tem o contrato desta rodovia, desta obra que ficou parada durante tantos anos. A gente conseguiu fechar uma negociação em que o Estado está fazendo uma permuta de uma área pela execução de uma parte da pavimentação da estrada. Essa obra é complexa porque estava parada há muito tempo. Foi feito o reequilíbrio e a retomada. O Estado está, neste momento, com serviços iniciais de terraplenagem. Em seguida, vai aparecer mais claramente as frentes de obras no espaço. Consideramos uma obra importante, uma demanda legítima. Vamos dar condição de ser concluída ao longo dos próximos anos.

    • Vera Cruz recebe a pavimentação da VRS-847, em Linha Henrique D’Ávila. O senhor conhece a demanda?

    Na VRS-847, o governo está pavimentando cerca de cinco quilômetros para melhorar o acesso às comunidades urbanas e rurais e também para fazer o escoamento da produção agrícola, pecuária e industrial, que são muito importantes. O investimento é de R$ 2 milhões, por convênio do Estado com o Município, através do Programa Pavimenta RS. A nossa lógica é dar continuidade e garantir a conclusão de uma obra que é estratégica em vários sentidos, para poder escoar a produção agrícola, pecuária e produção da indústria, fazendo ligações que ajudam também no desenvolvimento da região.