Radiologista Deisi Amaral destaca o papel fundamental da ferramenta para identificação de problemas causados pela Covid-19
O avanço da pandemia em todo o mundo fez com que uma importante ferramenta utilizada pelos médicos se tornasse fundamental para identificar os problemas causados pela Covid-19. Trata-se dos exames de imagem, que têm como função proporcionar o estudo de áreas internas do organismo, identificando padrões e anormalidades, e permitindo assim a análise do corpo de maneira não invasiva, indolor e rápida. Para falar um pouco mais sobre a utilização e importância dos exames de imagem na pandemia, a convidada desta semana do Arauto Saúde é a radiologista Deisi Amaral.
Conforme a especialista, mesmo que a confirmação de caso positivo ou negativo fosse apenas feita por testes laboratoriais, os exames de imagem foram importante para apontar tendências e ajudar no pós-tratamento. “O raio-x e a tomografia foram e ainda são muito utilizados na pesquisa e avaliação de pacientes para a Covid-19. Existem alterações clínicas como tosse, febre, entre outros, que quando juntadas ao exame de imagem, fazem com que a gente tenha uma suspeita muito grande de que aquele paciente tenha Covid-19”, ressalta a radiologista, que afirma ter ocorrido nos últimos anos uma grande evolução nos exames de imagem. “Acho que a gente teve um avanço na tecnologia dos exames de imagem, pois hoje se consegue muito mais resolução e detalhes do que se tinha antes”, destaca.
Sobre possíveis sequelas causadas pela Covid-19, Deisi revela que o tema ainda está muito na fase de pesquisar sobre as reações que podem acontecer a longo prazo no organismo. “Isso ainda está muito no campo do estudo, mas o que se sabe é que os pacientes que tiveram quadros moderados ou graves, principalmente, aqueles que ficaram internados em leito hospitalar ou UTI, tendem a ter mais problemas a longo prazo. Esses pacientes normalmente costumam fazer exames e voltam para fazer a revisão. Normalmente, essa revisão ocorre de três a seis meses, dependendo do tempo de internação. O que tem se visto é que a maioria das sequelas após um ano regride quase totalmente, mas alguns pacientes podem ainda ter alterações”, finaliza