Oftalmologista Adriano Schafer buscou diferencial na formação para atender doença crônica que causa cegueira
O santa-cruzense Adriano Schafer é o único especialista em glaucoma do município, fruto de uma pós-graduação realizada no Hospital de Clínicas, de Porto Alegre, e que diferencia o profissional, formado em 2009 pela Universidade de Passo Fundo. Com passagem em saúde pública, no home care da Prefeitura de Santa Cruz e no posto de saúde do bairro Esmeralda, o médico fez a residência em Oftalmologia no Hospital da Polícia Militar no Rio de Janeiro, e uma pós-graduação na área na PUC RJ. Foi em 2019, ao retornar a Santa Cruz, que abriu seu consultório. A especialidade que cuida dos olhos o cativou por ser uma área tão delicada e funcional do corpo humano, “o sentido que a gente mais usa, é quase uma medicina inteira em um espaço tão minúsculo, mas de tamanha complexidade. Uma área em que a medicina avançou muito e é muito recompensador melhorar a qualidade de vida das pessoas ao melhorar sua visão”, resume Adriano.
Apesar de atender a todas as demandas de um oftalmologista geral, desde avaliar a necessidade de um óculos, de ajuste de grau, até lidar com situações mais severas, é no diagnóstico e acompanhamento de casos de glaucoma que ele se especializou, escolha que se deu por ser a doença com maior causa de cegueira irreversível. “É uma doença crônica e que necessita de muitos exames e acompanhamento permanente do profissional”, traduz ele, justificando a importância de Santa Cruz, uma referência regional, possuir especialista na área, com boa formação, equipamentos modernos e relação próxima ao paciente.
Hoje, o que mais atrai para o consultório do oftalmologista é a necessidade de óculos e ajuste de grau, seja por miopia, astigmatismo ou outro diagnóstico. Mas é a partir de uma consulta e de exames rotineiros que se consegue identificar outras doenças, como o próprio glaucoma, exemplifica ele.
Saúde dosolhos em qualquer idade
Muitas pessoas ainda associam a necessidade de procurar um oftalmologista apenas à fase adulta e especialmente aos idosos, pensando no uso de óculos, mas estudos apontam para o aumento de casos de miopia entre os mais jovens. Desde a infância, nos dias atuais, as crianças têm usado dispositivos móveis, como celulares e tablets, muito perto do rosto, o que também ocorre para quem traz o livro próximo do olho. Associado esse comportamento com a baixa incidência de luz solar – já que se fica mais dentro de casa fazendo uso desses itens – acarreta em problemas de visão.
Mas quando procurar o médico?
A dica do oftalmologista Adriano Schafer é a seguinte:
| Crianças a partir dos cinco anos devem realizar a primeira consulta, que pode identificar algum problema que atrapalhe o início da vida escolar. Assim como quando há uma queixa e até mesmo dificuldade de aprendizado, pode ser que haja problema de visão.
| Em diferentes fases da vida, as dores de cabeça constantes também podem indicar algum problema de visão e a necessidade de ajuste de grau em óculos ou lente.
| Por volta dos 40 anos inicia a presbiopia, a popular vista cansada, que desperta a dificuldade para enxergar perto. São algumas das indicações gerais para a procura do profissional.
Preserve
Alguns hábitos podem contribuir ou acelerar problemas de visão. Quando se está cansado, lendo por muito tempo ou na frente de uma tela, é comum muitas pessoas esfregarem ou apertarem os olhos, prática que deve ser evitada. “Isso aumenta a pressão do olho e pode causar outros prejuízos, como o glaucoma”, ilustra. Como as telas prendem muito a atenção e fazem com que as pessoas pisquem menos, gerando o cansaço ocular, a dica é dar um intervalo de 30 segundos a cada meia hora, para espairecer.
Da mesma forma, o médico aponta o cuidado com o uso de colírios. É um medicamento com função e momento específicos, e o mau uso pode desencadear problemas, frisa ele. As rotinas durante a pandemia também trouxeram algumas realidades, conta Adriano. A dificuldade para ver perto apareceu mais e, no retorno das crianças à sala de aula, saindo do on-line, não raras vezes surgiram relatos de dificuldade de olhar para longe, para o quadro. Ainda, a troca de óculos por lente de contato aumentou, porque com o uso da máscara o óculos costuma embaçar e atrapalha a visão e o rendimento nos estudos e no trabalho.
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