Médica Amanda Zapola da Silva detalha principais características da doença que afeta prioritariamente os pulmões
Considerado um problema grave na saúde pública brasileira, a tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. Conforme o Ministério da Saúde, a cada ano são notificados aproximadamente 70 mil casos novos da doença, além de ocorrerem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose. Para falar sobre a importância dos cuidados em relação à doença, a convidada desta semana do Arauto Saúde é a médica Amanda Zapola da Silva.
Conforme a profissional, a tuberculose é uma doença transmitida através de gotículas de saliva, fazendo com que a bactéria possa permanecer por muito tempo em nosso corpo. “A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria, que é o Mycobacterium tuberculosis (MTB), ou bacilo de Koch. Atinge em 85% das vezes o pulmão, sendo os principais sintomas a febre no final da tarde, suor noturno, tosse seca ou com catarro por mais de três semanas, falta de ar e apetite, perda de peso e mal-estar. Os sintomas podem durar dias, semanas e até meses, pois já vimos pessoas terem os sintomas agravados por não procurarem o atendimento recomendado”, salienta.
Além de afetar os pulmões, a doença pode atingir outros órgãos do corpo, como por exemplo a pele, os ossos, o intestino, o cérebro, a pleura, entre outros. A principal maneira de prevenir a tuberculose é com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), disponível gratuitamente no SUS. Essa vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até quatro anos, 11 meses e 29 dias de idade. O tratamento correto demora seis meses e é à base de antibióticos, tendo toda a assistência pelo SUS. Ainda de acordo com Amanda, é fundamental que após diagnosticada, seja feito o tratamento completo da doença. “Depois dos primeiros 15 dias de tratamento contínuo, a pessoa não pode mais transmitir a doença. No entanto, a partir do momento em que ela não completa o tratamento, ela pode ter uma reincidência e levar à piora do quadro”, finaliza.