Muito tradicional na Alemanha, modalidade conta com grupo em Vera Cruz que se reúne há mais de 25 anos para praticar o esporte
Antes da pandemia, o som da bola rolando pela pista era inconfundível e já tradicional para quem passava ou estava no Clube Vera Cruz durante as noites de quinta-feira. Muitos daqueles que ouviam já sabiam que se tratava do grupo de bolão Bolazul, grupo de amigos que praticava a modalidade considerada como originária do boliche. No Brasil, o bolão tem fortes raízes na região sul do país, onde a expressiva presença cultural de imigrantes alemães fez com que o esporte tivesse um número maior de jogadores, fazendo com que até fosse criada a Federação de Bolão do Rio Grande do Sul.
Em Vera Cruz, um dos praticantes da modalidade é Ivan Rodrigues, que integra o grupo Bolazul desde a sua criação, em 1995. Atualmente, Rodrigues exerce a função de Secretário no grupo, que antes da pandemia se reunia todas as quintas-feiras para realizar as partidas de bolão e confraternizar. Na história, o Bolazul teve como seu primeiro presidente Fernando Gassen, no ano de 1996. Naquela época, a maioria dos jogadores tinha mais de 20 anos, sendo atualmente o grupo composto predominantemente pelos mesmos jogadores, na faixa etária dos 40 a 57 anos. Conforme Rodrigues, o bolão tradicional é disputado com bola 16, mas esse estilo de disputa está perdendo cada vez mais espaço, fazendo com que muitos grupos espalhados pelo Estado acabem encerrando suas atividades. “Hoje em dia quase não existe nenhum grupo de bolão tradicional bola 16, pois essa modalidade está perdendo força. Muitos grupos antigos de várias cidades deixaram de existir nos últimos anos. O bolão com bola 13, como nós jogamos, é mais divertido, e isso nos mantêm firmes para continuar”, ressalta Rodrigues, que revela haver uma brincadeira para os perdedores da noite: pagar a janta na quinta-feira seguinte de jogos.
Adaptação
No Bolazul, os jogadores se dividiam em equipes, fazendo partidas em melhor de cinco. Assim, em um quadro eram feitas duas linhas enumeradas de 1 a 8, e os jogadores deveriam derrubar duas vezes a quantidade de pinos de 1 a 8 para apagarem os números e ganharem a série. Quem finalizasse primeiro era o vencedor. Caso alguém derrubasse todos os nove pinos de vez, poderia escolher um número para apagar no quadro. Se a equipe tivesse derrubado dois pinos nas jogadas e derrubasse novamente dois pinos, perderia a vez.
De acordo com o atual vice-presidente do grupo, Angelo Hoff, a modalidade chamada de bola 13 passou a ser considerada mais interessante pela maior interação durante as disputas realizadas entre os integrantes do grupo. Segundo Hoff, isso ocorre por conta da bola ser menor, o que torna mais difícil a possibilidade dos praticantes derrubarem os nove pinos de uma vez, considerada a jogada perfeita no esporte. “Em razão do tamanho, chamamos a bola 13 de ‘bola pequena’, sendo ela mais leve e com um diâmetro menor da tradicional. Assim, os jogadores tem uma dificuldade maior de conseguir derrubar alguns números”, destaca Hoff.
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