Objetivo é que grávidas tenham diagnóstico precoce, monitoramento e tratamento preventivo
Um projeto de lei propõe que todas as gestantes que realizem o pré-natal na esfera municipal de Santa Cruz o Sul tenham o direito de acesso ao exame de triagem pré-natal combinada para pré-eclâmpsia. O objetivo do texto, de autoria da vereadora Bruna Molz, é tornar possível o diagnóstico precoce, monitoramento e tratamento preventivo das gestantes do município, que hoje não possuem acesso a isso através do SUS. O expediente foi aprovado no Legislativo e a sugestão foi encaminhada à prefeita Helena Hermany.
De acordo com Bruna Molz, exames feitos durante o pré-natal são importantes para detectar problemas, como doenças que possam afetar a criança e o seu desenvolvimento no útero. Dentre as patologias que podem acometer as gestantes, a pré-eclâmpsia se destaca com uma das mais importantes. “É uma doença considerada problema de saúde pública pelo seu elevado custo médico-social. Com esse exame e tratamento correto podemos evitar uma UTI e a morte de mãe e bebê", ressalta.
Pesquisas indicam que a nível mundial, em torno de 76 mil gestantes e 500 mil bebês morrem por ano em consequência da pré-eclâmpsia. Além disso, mulheres que desenvolvem pré-eclâmpsia têm maior risco de sofrerem de hipertensão arterial, doença cardíaca isquêmica, acidente vascular encefálico, insuficiência renal, síndrome metabólica, diabetes mellitus e expectativa de vida reduzida em 10 anos.
Já os fetos expostos à pré-eclâmpsia têm maior risco de sofrerem de paralisia cerebral em do parto prematuro, restrição de crescimento fetal ou ambos e desenvolverem ao longo da vida resistência à insulina, diabetes mellitus, doença arterial coronariana e hipertensão arterial.
Médico explica
Conforme o médico Diego Furquim, que ajudou a vereadora na elaboração do projeto, é muito importante que o pré-natal das pacientes do SUS seja melhorado. "A pré-eclâmpsia se desenvolve no final a gravidez. É uma doença que se caracteriza por pressão alta e dificuldades de funcionamento de alguns órgãos, como o fígado e os rins, o que pode levar ao óbito da mãe, da criança e prematuridade", explica.
Segundo ele, com a identificação das pacientes com alto risco de desenvolverem pré-eclâmpsia é possível a prescrição de aspirina, que diminui em até 90% o desenvolvimento da pré-eclâmpsia em sua forma mais grave. "Então com a triagem, elegendo as pacientes que devem ser tratadas e efetuando o tratamento é possível salvar muitas vidas", diz. Conforme o médico, esse método já é utilizado na saúde pública de muitos países desenvolvidos e não tem porque não ser instituído na realidade de Santa Cruz do Sul.
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