Maristela da Silva, de 38 anos, já precisou de transfusões e reforça a importância do ato de carinho ao próximo
Há dois anos, a agricultora vera-cruzense Maristela Gorete da Silva, de 38 anos, descobriu que precisava transfusão de sangue. A notícia veio à tona quando decidiu ser uma doadora de sangue. “Quando passei pela triagem, as enfermeiras me disseram que não podia doar, pois estava com anemia”, lembra. A moradora de Vila Progresso, interior de Vera Cruz, procurou um médico e descobriu que de fato estava com anemia profunda. Ironia do destino ou não, foi através do seu gesto de amor e carinho ao próximo, que pode ser ajudada.
A partir daquele momento, precisou fazer transfusões de sangue. No ano passado, foram oito bolsas de reposição devido ao excesso de glóbulos brancos e carência de células vermelhas, o que faz reduzir a produção de sangue em seu organismo, sendo que as transfusões ocorreram a cada dois meses. Neste ano, há quatro meses, Maristela precisou novamente repor o sangue. A transfusão foi necessária, após surgirem os sintomas como dor nas pernas, frio e sonolência, típicos da anemia e carência de sangue no corpo.
Desde então, a vera-cruzense faz tratamento com injeção e medicamentos para controlar a falta de sangue. No entanto, quando os sintomas aparecem, precisa de transfusão, e geralmente são consumidas duas bolsas. Assim como Maristela, há outras pessoas que necessitam da transfusão de sangue, seja por terem sofrido algum acidente, por passarem por um procedimento cirúrgico ou para realizar um tratamento clínico. Por isso, a doação de sangue é tão importante. Mais do que fazer o bem para o próximo, quem doa sangue está salvando vidas.
JUNHO VERMELHO
A fim de conscientizar e lembrar a população sobre a importância do ato de doar sangue é que se criou a campanha Junho Vermelho. A escolha não foi por acaso, já que no dia 14 de junho celebra-se o Dia Mundial do Doador de Sangue, data estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2004.
Neste ano, a data teve como foco as situações de emergência, como desastres naturais, acidentes de trânsito e conflitos armados. Assim, a campanha alerta para a importância do abastecimento de sangue adequado e para o engajamento da população para assegurar doações nestas situações e ao longo do ano.
Para Maristela, somente quem precisa de sangue sabe da importância que tem o ato de doar. “Rezo para que sempre que eu precisar tenham bolsas no estoque, além de pensar naqueles que precisam da transfusão de imediato e têm o tempo como seu inimigo e não podem esperar”, reflete, ao lembrar que, em uma das transfusões, precisou aguardar bolsas de sangue virem de Candelária, pois em Santa Cruz estava em falta.
A vera-cruzense pede para aqueles que possam doar, que façam o gesto de amor e carinho ao próximo. “É uma vida que está sendo salva. Há vidas que dependem dessas doações”, reforça. “Se cada pessoa doasse uma vez por ano, teriam bolsas o suficiente”, acredita.
Confira a matéria completa na edição desta terça-feira do Jornal Arauto.
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