Jornal Arauto vai contar a história da ex-dependente Deise Pagel e a luta de outras pessoas para abandonar vícios
O consumo de bebida alcoólica e de cigarro, assim como de drogas ilícitas, como maconha, cocaína e crack, vêm aumentando em todo o país. Em Vera Cruz esta realidade não é diferente. Somente o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Município contabilizou aproximadamente 260 atendimentos mensais voltados a dependentes químicos e de álcool, estando inclusos atendimentos ambulatoriais, psicoterápicos, de enfermagem e de grupos.
Próximo ao Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, celebrado no dia 26, próxima segunda-feira, o Nosso Jornal lança a série “Dos vícios à liberdade”, que trará, através da história da agente de Redução de Danos, Deise Pagel, “limpa” e livre das drogas, e em recuperação há quase quatro anos, mais dados do Município.
OS NÚMEROS
Em 2016, foram realizadas 54 internações em hospitais, sendo que as instituições de referência são em Rio Pardo, Candelária e alguns casos em Pelotas ou Rio Grande e 10 em comunidades terapêuticas, que são espaços abertos, como fazendas, com tratamentos mais longos, geralmente voltados à dependência do álcool, conforme informações do CAPS. No ano passado, totalizaram 64 internações. Destas, 47% por álcool, 20% por drogas e 33% por álcool mais drogas. Em 2017, até o momento foram três internações em comunidade terapêutica e cinco em hospitais. De janeiro até agora já são 16 internações por álcool (36%), 15 por drogas (34%) e 13 por álcool + drogas (30%). Destes, seis são em comunidade terapêutica e o restante em hospital.
A coordenadora do CAPS, Iara Ortiz Paz, reforça que a internação é a última medida. “Antes são feitos todos os outros atendimentos. Ainda assim, em 2017 se registra um aumento de 41% em internações por álcool e drogas, em relação ao ano passado”, sublinha.
OS VÍCIOS
Aos 12 anos, a vera-cruzense Deise Pagel começou o consumo de bebidas alcoólicas e de cigarros, porta de entrada para que dois anos mais tarde, iniciasse a fumar maconha. Não satisfeita com a droga, passou a utilizar cocaína aos 16 anos. Após partiu para o crack, tendo em vista que droga alguma a satisfazia. Nesta fase, Deise engravidou e acreditava que seria a oportunidade e o momento certo para se afastar do vício.
Grávida de quatro meses do filho, Davi, e pesando apenas 28 quilos, Deise foi internada, quando ficou um ano e oito meses em abstinência. Entre internações, que ao todo foram três, chegou um momento em que, após se dar conta de que estava perdendo a família e que a saúde estava fragilizada, além do que vivenciava e presenciava no mundo das drogas, decidiu que era hora de parar.
Assim como o dia 20 de setembro é um dia importante para os gaúchos, a data é um ponto de partida de um novo começo para Deise. Este foi o dia em que decidiu que iria abandonar o crack. O desfecho desta história de superação e recomeço você, leitor, vai poder acompanhar nas próximas edições do Nosso Jornal.
Confira os detalhes da primeira parte da série "Dos vícios à liberdade" na edição deste sábado do Jornal Arauto.
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