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Aprovação do governo Temer cai a 7%

Publicado em: 25 de junho de 2017 às 10:32 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 14:35
  • Por
    Bruna Lovato
  • Fonte
    REUTERS BRASIL
  • Foto: Divulgação
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    É o menor nível desde os 5% obtidos por José Sarney em 1989

    A aprovação ao governo do presidente Michel Temer caiu ao menor índice para um governo federal em 28 anos, informou neste sábado (24) o jornal Folha de São Paulo, com base em pesquisa do Datafolha, na esteira da crise política desencadeada pela delação premiada de executivos da JBS.

    Segundo o jornal, apenas 7% dos entrevistados consideraram o governo Temer ótimo ou bom. É o menor nível desde os 5% obtidos por José Sarney em 1989. Na outra ponta, a gestão Temer foi considerada ruim ou péssima por 69% dos entrevistados pelo Datafolha. Para 23% dos que responderam à pesquisa, o governo é regular. O Datafolha entrevistou 2.771 pessoas entre quarta (21) e sexta-feira (23).

    No levantamento anterior, feito em abril, antes de ter sido divulgada gravação secreta feita pelo empresário Joesley Batista, da JBS, com Temer, o nível de ruim e péssimo para Temer era de 61%, enquanto o de bom e ótimo era de 9%.

    A gravação de Joesley, parte de um acordo de delação premiada, menciona relações de ambos com o deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e pode motivar denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Temer, por corrupção, obstrução de justiça e organização criminosa.

    O mesmo levantamento do Datafolha mostrou que 65% dos entrevistados responderam que a saída de Temer seria o mais benéfico para o país. Outros 30% entenderam que é melhor que o presidente permaneça no cargo.

    Perguntados sobre a possível renúncia de Temer, 76% dos inquiridos se mostraram favoráveis a esta opção, enquanto 20% se mostraram contrários. Caso ele não renuncie, 81% dos entrevistados responderam apoiar um impeachment, e 15% foram contra. O instituto questionou ainda se, no caso da saída de Temer, qual seria a melhor forma de eleger o novo presidente. Para 83% dos entrevistados, o melhor caminho seria a eleição direta, enquanto 12% optaram pela eleição indireta por meio do Congresso Nacional.