Dos canteiros ao chão: safra inicia

Já tem tabaco se desenvolvendo nas lavouras da região. As temperaturas mais altas favoreceram o crescimento das mudas e o transplante para a terra teve início. É cedo ainda, alertam os técnicos, devido à possibilidade de geada, mas tem produtor que conferiu a previsão do tempo e optou em não esperar. “Nos próximos 14 dias não deve gear”, atestou Franclin Wink, de 38 anos, que após uma década trabalhando em uma fumageira, retorna à agricultura para auxiliar os pais na lida com o tabaco. A família mora em Vila Progresso e vai plantar nesta safra 100 mil pés, contabilizando as produções de Francisco e Iara (pai e mãe de Franclin) e o filho. Em 80% da área, o plantio está sendo realizado de forma direta. No restante, já que a família tem também gado, porco e galinha para alimentar, plantou milho na entressafra.

O transplante das mudas à lavoura começou na segunda-feira, dia 3 de julho, mais cedo que o comum. “Tínhamos sempre como base o feriado de dia do Colono e Motorista [25 de julho], mas como as mudas estão no momento de transplante e temos terra pronta resolvemos iniciar”, conta Franclin. O plantio é possível também, segundo a família, devido a uma das lavouras (a que está sendo plantada neste momento) estar em um local que venta pouco. A prova disso foi o plantio das mudas estar sendo feito pela família com roupas leves. “Não lembro de outra safra estar plantando de manga curta”, sorri Iara, em uma tarde de inverno com temperatura acima dos 20 graus.

A lavoura em que a família iniciou o plantio fica distante cerca de um quilômetro da estrada geral de Vila Progresso. É cercada de uma vegetação que, de certa forma, impede a formação de geada. Por ali, o plantio é direto e serão cultivados cerca de 30 mil pés. Os outros 70 mil ficarão em lavouras próximas do asfalto. É possível ver a terra já preparada para receber as mudas. O plantio vai se estender até o fim deste mês.

A matéria completa está na edição impressa do Jornal Arauto desta quinta-feira.