Esportes

Domingo tem final da Copa Cidade

Publicado em: 16 de julho de 2017 às 08:30 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 14:58
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Assessoria de Imprensa
  • Foto: Divulgação/Assessoria de Imprensa
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    A bilheteria será aberta às 13h. O valor do ingresso é R$ 5,00

    Neste domingo (16), a partir das 14h30min, no estádio dos Plátanos acontece o jogo final da Copa Cidade 2017, entre as equipes do Boca Juniors, representando o bairro Santa Vitória e o Unidos da Villa, da Vila Schultz, em Santa Cruz do Sul. Antes da bola rolar haverá uma breve cerimônia de encerramento do campeonato. No primeiro jogo da final o Boca derrotou o Unidos por 1 X 0, o que permite que o time treinado por André Dutra, o Cubano, possa jogar por um empate contra o plantel comando por Cléber Pereira, para se sagrar campeão. Já o Unidos precisa vencer nos 90 minutos e também nas cobranças de penalidades máximas para levar o título para o seu bairro. 

    Os dois times, segundo seus técnicos, vêm com força máxima para fazer história no futebol amador, pois o campeão levará pela primeira vez a taça da Copa Cidade para seu bairro. O Boca Juniors disputou a primeira final em 2013, contra o Residencial Santo Antônio, quando perdeu o título. Já o Unidos da Villa está desde 2015 jogando o certame e já chegou à primeira final. A bilheteria será aberta às 13h. O valor do ingresso é R$ 5,00. Crianças acima de 12 anos com carteirinha de estudantes e idosos pagam metade do valor.

    José de Abreu, o presidente da Associação do Futebol Amador de Santa Cruz do Sul (Afasc), que organiza o certame, avalia que a Copa Cidade em 2017 foi um sucesso. “Tivemos 16 equipes participando, o que trouxe também muitas dificuldades para os dois finalistas. Então se Boca Juniors e Unidos da Villa chegaram à final, eles são merecedores do feito, pois a vida deles não foi fácil dentro do campeonato. E a Afasc desde já saúda o campeão, seja quem for”.

    De cadeira de rodas rumo ao título

    Outro ponto que chama a atenção é o fato de os dois presidentes dos times que chegaram à final da Copa Cidade estão numa cadeira de rodas. João da Silva, o Joãozinho, do Boca Juniors, perdeu os movimentos nas pernas justamente durante uma partida de futebol amador, há 14 anos, quando sofreu uma falta, o adversário caiu sobre suas costas e Joãozinho teve a coluna cervical fraturada. Já Gustavo Konzen, o Guto, do Unidos da Villa, se envolveu um acidente de trânsito, no Distrito Industrial de Santa Cruz do Sul em dezembro de 2012 e de lá para cá não caminha mais.

    Mas a dependência de uma cadeira de rodas para se deslocar não desmotivou os dois amantes do futebol, que depois de não poderem caminhar mais passaram a exercer os cargos de técnicos e dirigentes nos clubes de futebol amador dos bairros onde moram. Eles servem de exemplo e inspiração para todos os integrantes das equipes que comandam e inclusive dos adversários.

    Joãozinho explica que a cadeira de rodas não o atrapalha na hora de realizar suas funções de presidente. “Só preciso geralmente de uma pessoa para me acompanhar, me levar nos locais, onde tem escada complica um pouco. Ele foi um dos fundadores do Boca Juniors em 2001. Ficou afastado do futebol de 2003, ano em que parou andar até 2013, quando recebeu o convite da diretoria da Afasc para levar o Boca Juniors para a Copa Cidade.

    Mas Joãozinho faz questão de destacar a parceria, o total apoio que recebe por parte da esposa Suzana, com quem está casado há 28 anos. “Ela cuida de tudo, lava o uniforme dos jogadores, ajuda na copa, prepara refeições para os atletas, eu não tenho como agradecer o que ela faz por mim e pelo Boca Juniors. Aém disso existe uma parceria muito grande entre todas as pessoas que compõem o Boca, como jogadores, torcida, dirigentes, isso faz com que tudo funcione muito bem”.  

    Guto enfatiza que no começo foi difícil realizar as atividades tendo de usar uma cadeira de rodas para se deslocar, “mas agora já estou adaptado e superei as dificuldades. Nada me impede de trabalhar pelo Unidos”. Ele conta que foi dele a ideia de montar um time em 2015 e contou inclusive com o apoio do pai, Raul Konzen, que foi jogador e dirigente em dois outros times que já existiram na Vila Schulz, o Farroupilha e o São Cristóvão. “Eu mesmo cheguei a jogar no São Cristóvão também, então quis seguir o exemplo do meu pai e continuar envolvido com o futebol amador e fazer algo pelo esporte no bairro onde moro”.