Durante as investigações, cinco cativeiros foram descobertos na Região Metropolitana e em Porto Alegre
A Polícia Civíl, por meio da Delegacia de Roubos (DR/Deic), desarticulou, uma organização criminosa responsável por inúmeras ocorrências de extorsão mediante sequestro e cárcere privado, tendo como vítimas pessoas de diversos estados do Brasil. Treze pessoas foram presas durante a investigação que iniciou em março de 2016 e culminou com a Operação Cotton no final de julho de 2017.
De acordo com os delegados Joel Wagner e João Paulo de Abreu, o grupo praticava os crimes atraindo as vítimas através da internet, mediante falsos anúncios de produtos com preços incompatíveis com o do mercado. Os produtos eram sempre de alto valor, como eletroeletrônicos, equipamentos agrícolas, cargas de soja, algodão, substâncias químicas, entre outros, visando atrair vítimas de alto poder aquisitivo. Em seguida, a negociação previa a vinda do comprador dos produtos até o Rio Grande do Sul, onde, ao ser recepcionado pelo representante da venda, durante o trajeto, tinha sua liberdade restringida mediante ameaças com arma de fogo.
Após o sequestro, as vítimas eram levadas para o cativeiro e, de lá, eram obrigadas a fazer contato com parentes, amigos e sócios, para que o dinheiro destinado a compra dos produtos, que não existiam, fossem depositados em contas bancárias fornecidas pelos criminosos. Durante as investigações, cinco cativeiros foram descobertos na Região Metropolitana e em Porto Alegre. Entre maio e junho deste ano, a Polícia Civil libertou três vítimas dos cativeiros, prendeu em flagrante os suspeitos e evitou o sequestro de outras duas pessoas.
Segundo os delegados, ao longo das investigações, foi possível identificar 17 pessoas envolvidas no esquema criminoso e o papel de cada membro da organização, que é apontada como responsável por pelo menos nove extorsões mediante sequestro e cárcere privado. Treze pessoas estão presas e quatro seguem foragidas, após o cumprimento de 19 ordens judiciais emPorto Alegre, Gravataí, Alvorada, Igrejinha e Cidreira, também na Penitenciária Modulada de Charqueadas e, na cidade de Curitiba, no Paraná.
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