Senadora é investigada por ter recebido repasses da Odebrecht durante campanha em 2014
Foi concluido na noite desta segunda-feira (7), pela Polícia Federal, o inquérito que apurava pagamento de R$ 1 milhão pela Odebrecht à senadora Gleisi Hoffmann. Em nota divulgada, a PF informou que a senadora recebeu propina da Odebrecht disfarçada de doação eleitoral em 2014.
A PF informou que há elementos suficientes para apontar a materialidade e autoria dos crimes de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro praticados pela senadora, seu então chefe de gabinete, Leones Dall Agnol e seu marido, Paulo Bernardo, além dos intermediários Bruno Martins Gonçalves e Oliveiros Domingos Marques Neto.
Segundo as investigações, a petista teria recebido, por meio de intermediários, oito pagamentos de R$ 500 mil cada. Na nota, a PF afirma ainda que foram encontrados mais três repasses à mesma empresa: um de R$ 150 mil em 2008 e dois de R$ 150 mil em 2010.
Veja a íntegra da nota da Polícia Federal sobre o inquérito:
PF CONCLUI INQUÉRITO DO STF
Brasília/DF –A Polícia Federal concluiu na data de hoje (07/08) o inquérito 4342 do Supremo Tribunal Federal, instaurado para apurar crimes supostamente praticados no âmbito de uma campanha eleitoral para o Senado Federal de 2014.
Em fevereiro 2016, a PF apreendeu documentos na residência de uma secretária do setor de operações estruturadas da construtora Odebrecht. Entre eles, planilhas relatando dois pagamentos de R$ 500 mil cada a uma pessoa de codinome “COXA”, além de um número de celular e um endereço de entrega.
A investigação identificou que a linha telefônica pertencia a um dos sócios de uma empresa que prestou serviços de propaganda e marketing na última campanha da senadora Gleisi Hoffmann.
A PF verificou outros seis pagamentos no mesmo valor, além de um pagamento de R$ 150 mil em 2008 e duas parcelas de R$ 150 mil em 2010. Também foram identificados os locais onde os pagamentos foram realizados e as pessoas responsáveis pelo transporte de valores.
Essas tabelas também foram apresentadas pela construtora no momento em que foi firmado termo de colaboração premiada.
Há elementos suficientes para apontar a materialidade e autoria dos crimes de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro praticados pela senadora, seu então chefe de gabinete, Leones Dall Agnol e seu marido, Paulo Bernardo da Silva, além dos intermediários no recebimento, Bruno Martins Gonçalves Ferreira e Oliveiros Domingos Marques Neto.
Os autos também comprovam que a parlamentar e seu marido, juntamente com Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Valter Luiz Arruda Lana, foram responsáveis pelo cometimento de crime eleitoral (artigo 350 do Código Eleitoral).
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