Manifestações são contra o parcelamento de salários
A semana começou com mobilização de professores e estudantes em protesto contra o parcelamento do salário dos servidores do estado. O 18º Núcleo do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato), com sede em Santa Cruz do Sul, cumpre uma agenda de atos nos municípios da região, com ápice nessa terça-feira (12), em Porto Alegre, às 10 horas. O objetivo é uma agenda com o governador José Ivo Sartori para abrir a mesa de negociação, além de impedir que projetos que atacam a categoria sejam votados na Assembleia Legislativa. A greve dos professores estaduais, por tempo indeterminado, foi aprovada em assembleia geral no último dia 5.
Greve por tempo indeterminado é aprovada por professores gaúchos
Na manhã de hoje o ato público previsto para a Praça Getúlio Vargas, em Santa Cruz do Sul, foi transferido para a Escola Ernesto Alves, devido ao mau tempo. No ginásio, educadores, estudantes e comunidade escolar se manifestaram em defesa da educação pública e pela valorização dos trabalhadores em educação. Após, uma passeata foi até a Praça em frente à Prefeitura. Mobilização na rua também ocorreu em Venâncio Aires, na praça em frente à Igreja Matriz. A presidente do 18º Núcleo do Cpers, Cira Kaufmann, nesta tarde está em Boqueirão do Leão para mobilização com professores. Às 18 horas, na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul, a causa será apresentada aos legisladores. Para amanhã, em Porto Alegre, os municípios do núcleo deverão ter representação.
Ainda para esta quarta-feira (13) está marcada a inauguração da barraca de defesa da educação pública. O ato iniciará às 10 horas, na Praça Getúlio Vargas, em Santa Cruz do Sul.
A presidente do Cpers afirma que a adesão nesta greve está surpreendente. "O diferencial é a adesão dos estudantes e da comunidade escolar. Uma posição favorável aos educadores", enaltece. A professora Cira Kaufmann destaca que a greve é por tempo indeterminado. "É o 21º mês que o nosso salário é parcelado e essa foi a menor parcela. Até o fim de semana tínhamos R$ 800, é inferior ao salário mínimo. É um desrespeito do governador conosco. Queremos um calendário de reposição e que os salários não sejam mais parcelados", argumenta.
SITUAÇÃO NAS ESCOLAS
Não há um levantamento pelo Cpers da adesão dos professores nas escolas da área de abrangância do núcleo. Contudo, em Santa Cruz do Sul a mobilização tem educandários com 100% dos educadores em greve e outros com mobilização parcial. Confira:
| As escolas Santa Cruz, Rosário, Felippe Jacobus, Mânica e Goiás têm 100% de adesão à greve
| As escola Alfredo Kliemann tem 90% de adesão dos professores, Willy Carlos Fröhlich (Polivalente) 80% e Nossa Senhora da Esperança, 70%
| O educandário Fátima está com horário reduzido, Petituba e Bruno Agnes têm adesão parcial
| José Wilke e Luiz Dourado não deram retorno ao Cpers
*Com informações da Assessoria do 18º Núcleo do Cpers
Em Vera Cruz, até quarta-feira (13), a Escola Estadual de Ensino Médio Vera Cruz, o Poli, estará parado. Na data, pela manhã, os professores terão reunião para definir os rumos da greve, a depender da resolução em Porto Alegre nesta terça-feira (12). A Escola Hannemann, de Vila Progresso, também tem adesão dos professores à greve por tempo indeterminado. Demais escolas – Mesquita, Walter Dreyer e Paraguaçu – seguem com aulas normalmente.
Para substituir as aulas e engajar na mobilização, através do Cpers estão sendo organizadas aulas públicas. Quarta-feira (13), em Santa Cruz, haverá aula pública junto da inauguração da da Barraca da Educação Pública.
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