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Inspeção Municipal licencia primeira granja produtora de ovos coloniais

Publicado em: 10 de outubro de 2017 às 17:59 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 16:17
  • Por
    Bruna Lovato
  • Fonte
    Prefeitura de Santa Cruz
  • Foto: Divulgação
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    Vistorias periódicas são feitas para verificar se estão sendo respeitadas as condições sanitárias

    Ovos coloniais fresquinhos na mesa dos santa-cruzenses. Os consumidores já podem encontrar nas prateleiras dos estabelecimentos comerciais locais o produto produzido no município e devidamente registrado. Ocorreu na tarde desta terça-feira, dia 10, em Linha Rio Pardinho, a inauguração da primeira Granja Avícola-Classificadora de Ovos Coloniais com inspeção pelo Serviço de Inspeção Municipal de Santa Cruz do Sul.

    O empreendimento, de propriedade dos sócios Alexandre Luz, 49 anos,  e Nequete Thomas, 48, conta com o apoio técnico da Embrapa Clima Temperado e da Emater/RS – Ascar. Já a responsabilidade da Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri) é com o serviço de inspeção de produtos de origem animal, cujo registro permite a venda dentro dos limites geográficos do município. Para obter olicenciamento, uma série de exigências tiveram que ser observadas, especialmente no que diz respeito à estrutura física, com espaços apropriados de higienização, ovoscopia e embalagem.

    Conforme explica o médico veterinário da Seagri, Jorge Loebens, vistorias periódicas são feitas para verificar se estão sendo respeitadas as condições sanitárias no processo de produção. O rótulo do produto recebe um carimbo com número, símbolo de inspeção e identificação do tipo de produto. Também a água utilizada na propriedadepassa por análise microbiológica a cada dois meses e fisioquímica a cada seis meses.

    Atividade

    Conforme explica um dos sócios do empreendimento, o produtor Alexandre Luz, 49 anos, a ideia de investir na avicultura colonial surgiu da vontade de tornar a propriedade rural mais rentável. Desde 2010 ele se dedicava ao cultivo da noz pecan e em uma visita a Expoagro viu na produção de ovos coloniais umapossibilidade.

    Com o apoio da Embrapa Clima Temperado ele participou de uma capacitação no Centro de Treinamento (Cetac), de Canguçu, órgão administrado pela Emater/RS -Ascar e começou a receber assessoramento e tecnologia de formação. Em paralelo àmontagem da infraestrutura e estabelecimento do plantel, foi buscando a regulamentação da atividade junto aos órgãos ambientais e de inspeção municipal.

    Desde julho deste ano o empreendimento está autorizado a comercializar para estabelecimentos locais. A granja conta com cerca de 900 animais, produzindo uma média de 65 dúzias de ovos ao dia. Todo o substrato da produção de nozes é utilizado na avicultura. Lavouras de aipim, batata doce e milho crioulo também são cultivadas exclusivamente para o consumo das aves.

    O diferencial de todo este cuidado resulta no bem-estar e na saúde dos animais, que são criados soltos nos piquetes ou podem escolher permanecer dentro do aviário. “São as galinhas felizes. Elas podem tomar banho de terra que isso ajuda a tirar o estresse, ir revirando o chão atrás do seu próprio alimento, da minhoquinha, do insetinho, enfim, interagir com o ambiente”, disse. A meta, segundo ele, é até 2018, obter a certificação de produto orgânico. “Todo o resíduo é gerado aqui dentro da propriedade. Ela é basicamente sustentável”, observou.

    A inauguração contou com a presença de familiares dos empreendedores, técnicos da Seagri, Embrapa Clima Temperado, Emater/RS – Ascar, Sebrae e Fepagro.