Voos

“Viver é saber que somos asas em um voo de coragem, enquanto a vida é o vento.” (Inês Seibert). Sempre às voltas com as muitas coisas de cada dia, nem sempre conseguimos escutar o que brota da nossa interioridade. Temos consciência de que a vida é feita de muitos compromissos e obrigações, além de carregar dentro de si uma infinidade de sentimentos e de percepções. O desafio é encaminhar uma solução para tudo o que sentimos. Cada um sabe como os sentimentos chegam e o que eles causam, em matéria de alegria e de tristezas. Ocupar-se com a vida é algo visivelmente crescente. É evidente que a maior parte do tempo, na minha opinião, é reservado aos contínuos investimentos com a aparência. O desejo de causar impacto e de ser reconhecido influencia nas vivências diárias. O excesso de exposição nem sempre ajuda para viver de uma forma simples e humilde. Os diferentes sinais que surgem diariamente podem ajudar na compreensão das tendências do mundo. Não tenho dúvidas de que a desmaterialização será assumida por muitas pessoas. É interessante perceber que um estilo de vida mais simples pode proporcionar a paz que tanto desejamos. Porém, é necessário coragem para alçar voo e alcançar outras paisagens. Se a vida é o vento, é importante empreender voos corajosos, sempre na direção do infinito. Sem coragem nada acontece. O corajoso não é melhor do que ninguém, mas não deixa de apostar na superação. Deveríamos nos assemelhar à brisa suave que não faz barulho e nem destrói, simplesmente oferta leveza. Enquanto damos espaço ao medo, a vida vai se encolhendo e deixando de ser criativa e verdadeira. O ideal é tomar distância da agitação para poder contemplar as maravilhas advindas da paz. É importante esforçar-se para não ser um vendaval que causa tantos transtorno por onde passa. Não é difícil de encontrar pessoas que são mais às tempestades, do que da brisa mansa. Um com um pouco de esforço é possível levantar voo e deixar a vida fluir na paz e na esperança.