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Família do sargento da BM com câncer raro pede ajuda para cirurgia

Publicado em: 05 de novembro de 2017 às 17:12 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 16:51
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Arquivo/Portal Arauto
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    Marco Antônio Teixeira aguarda há meses por tratamento negado pelo IPE

    Marco Antônio Teixeira, sargento da Brigada Militar de Rio Pardo, luta desde julho, quando descobriu ser portador de um câncer raro, por um tratamento. Chamada de Peritonioscopia com quimioterapia interadérmica, a cirurgia foi negada, em agosto, pelo Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPE-RS). O instituto alega que o procedimento com valor estimado em R$ 230 mil ainda é um experimento no Brasil e não consta na Tabela de Honorários Profissionais (THP), por isso o instituto não pode cobrir as despesas. Desde então, sua família luta na justiça, promove campanhas e começa a pensar em alternativas.

    Com a doença Pseudomixoma peritoneal (PMP) avançando – o sargento passou por uma cirurgia no pulmão nesta última semana – a equipe médica do Hospital Santa Rita pede para que o IPE cubra o valor de um procedimento chamado debulking de peritônio, que também é utilizado contra a doença. Conforme a esposa de Marco Antônio, Cláudia Siqueira, o objetivo da proposta é fazer com que o custo da PMP diminua e a família pague apenas a diferença dos procedimentos.

    Os médicos e a direção da Santa Casa seguem em tratativas diretas com o IPE, buscando cobertura parcial da cirurgia. "A princípio, as negociações estão indo de forma razoável e teríamos que pagar 65 mil reais. Temos da campanha 45 mil reais. Ou seja, ainda nos faltam 20 mil. Estou em contato com o financeiro da Santa Casa para ver se conseguimos financiar esse valor que falta", explica Claúdia.  

    A cirurgia

    Chamada de Peritonioscopia com quimioterapia interadérmica o procedimento é complexo, delicado e de alto risco, por esse motivo são raras as equipes oncológicas que o realizam. São necessários quatro cirurgiões oncologistas, dois anestesistas, dois oncologistas clínicos, fisioterapeuta, nutricionista, além de uma ampla equipe de enfermagem. A cirurgia pode levar até 24 horas com período de recuperação dividido em sete a dez dias de UTI, e depois em torno de três semanas hospitalizado. Apenas dois hospitais realizam a cirurgia no Rio Grande do Sul: Moinhos de Vento e no Hospital Santa Rita, onde ocorreria o procedimento de Marco Antonio.

    A doença

    Pseudomixoma peritoneal (PMP) é um tipo raro de câncer com registro de um caso para cada 1 milhão de pessoas. É caracterizado pela presença de ascite (acúmulo de líquido dentro do abdome) mucinosa produzida por células tumorais originárias de um tumor de apêndice (mais comumente) ou do ovário. Os sintomas mais importantes são aumento de volume abdominal, emagrecimento, dor abdominal e sintomas mimetizando apendicite aguda. Esta condição clínica progride com disseminação peritoneal, obstrução intestinal e comprometimento nutricional. 

    Saiba como ajudar:

    Banco do Brasil

    Agência: 0304-2

    Conta: 17230-8

    Banrisul

    Agência: 0338

    Conta: 35105819.0-8

    Sicredi

    Agência: 0156

    Conta: 73403-9

    Relembre o caso:

    Com negativa do IPE, a luta continua

    Justiça indefere liminar e sargento da BM segue sem data para cirurgia