Geral

A ajuda não para de chegar

Publicado em: 21 de novembro de 2017 às 05:22 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 17:01
  • Por
    Guilherme Bica
  • Fonte
    Jornal Arauto
  • Foto: Jornal Arauto
    compartilhe essa matéria

    Ao todo, 15 pessoas ficaram só com a roupa do corpo após incêndio

    Elas pediram por auxílio e de tanto querer, ele não para de vir. As famílias que tiveram as duas casas completamente destruídas pelo fogo na noite de quarta-feira, no bairro Esmeralda, precisam recomeçar do zero. Ou melhor, do zero não mais. Graças ao apoio da comunidade, especialmente de Vera Cruz e Santa Cruz, as doações não param de chegar. Os carros sobem e descem a rua Affonso Mueller à procura do local devastado pelo fogo. Lá, encontram dona Petronila Rodrigues da Silva, de 80 anos, em sua casa avermelhada. Ela acabou abrigando parte dos familiares que tiveram as duas casas consumidas pelas chamas. Ao todo, 15 pessoas que ficaram só com a roupa do corpo, mas abrigo, amparo e solidariedade não lhes faltam.

    Geci Vieira de Souza, filha de Petronila, é uma das pessoas que perdeu tudo e buscou abrigo na mãe. Apesar do sofrimento da perda material, ela tem se espantado com o carinho das pessoas. “Não esperávamos tanta solidariedade”, revela. Enquanto a equipe da Prefeitura faz a retirada dos entulhos queimados, no terreno, parte das doações já se acumulam nas moradias que sobraram de pé. Apesar de roupa ser o item que mais se avoluma nas contribuições, muitas vezes os tamanhos não condizem com a necessidade. Aí o motorista da secretaria de Desenvolvimento Social, Carlos Rocha, desde que ocorreu o incêndio, vai e vem levando e buscando doações. “Ele é um anjo para a gente”, não cansa de repetir dona Geci.

    O QUE PRECISA?

    De calçados, a necessidade é para os tamanhos 34, 36, 39, 40, 41 e 42. De roupa, a carência é para os adolescentes, que vestem calça 36 e 38, tamanho M ou G, e para as crianças. Para o filho de Geci, Vítor, de nove anos, mesma idade do sobrinho Aírton, as roupas de tamanho 10 são úteis. Para o neto, Nícolas, de sete meses, roupas e fraldas são bem-vindas. “As crianças foram de manga curta pra escola hoje, com frio, mas era o que tinha”, declara.
    Além disso, a moradora fala da necessidade de comida e de móveis para a futura casa. Mas a assistente social Gabriela Ferreira, que coordena o departamento junto à Prefeitura, ressalta que muitos foram os contatos de pessoas dispostas a ajudar, tanto em Vera Cruz quanto em Santa Cruz. Móveis e eletrodomésticos serão buscados e armazenados pela Administração até que as moradias estejam prontas, até por questão de espaço para abrigar tudo. Gabriela reforça que qualquer material de construção será muito bem-vindo.