Inquérito aponta que não houve abuso sexual

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Santa Cruz do Sul já ouviu os três meninos – dois de 13 anos e um de 11 anos – que relataram terem sido vítimas de abusos sexuais e agressões físicas na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Canísio, localizada no Bairro Dona Carlota, em Santa Cruz. A denúncia chegou até a delegacia no começo do mês, feita pelos pais das vítimas. Os atos teriam sido praticados no turno oposto ao das aulas por um voluntário de oficinas esportivas. O voluntário que trabalhava na escola e foi afastado, também foi ouvido além de pais e diretores.

Segundo a titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, Lisandra de Castro de Carvalho, as crianças não trouxeram relato de atitudes com cunho sexual por conta dele e nenhuma conduta que se enquadre em estupro de vulnerável. "Notamos que ele tinha um despreparo, um comportamento polêmico em relação às crianças, mas no caráter de correção, ou seja, houve um exagero no modo de corrigir o comportamento da crianças", fala. O acusado prestou depoimento e confirmou o exagero nas repreensões contra as crianças. O inquérito ainda não foi concluído e logo deverá ser remetido ao fórum.

Atendimento psicológico

As oitivas dos meninos, com a psicóloga, confirmaram que não aconteceram abusos. "Não está descartado o fato de que o indivíduo possa ter incitado agressões entre os alunos e isso ainda será investigado e estudado o enquadramento", comenta a delegada.