Região

Venâncio Aires registra duas mortes por tétano

Publicado em: 23 de novembro de 2021 às 16:52 Atualizado em: 02 de março de 2024 às 15:11
  • Por
    Guilherme da Silveira Bica
  • Fonte
    Assessoria de Imprensa
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    Ambos os óbitos, de acordo com dados do setor, são por tétano acidental. Entenda

    Depois de seis anos, Venâncio Aires voltou a registrar mortes por tétano, conforme dados do Setor de Vigilância Epidemiológica. A primeira morte aconteceu em outubro, um morador do interior, com idade entre 40 e 49 anos e duas doses do imunizante não resistiu a contaminação. Já o segundo caso de morte, aconteceu na semana passada, de um morador da cidade com idade entre 50 e 59 anos, sem nenhuma dose de antitetânica. Ambos os óbitos, de acordo com dados do setor, são por tétano acidental, doenças imunopreveníveis (que podem ser prevenidas) por vacina antitetânica.

    O tétano acidental é uma doença infecciosa aguda, causada pela ação de exotoxinas produzidas pelo Clostridium tetani, bactéria encontrada na natureza sob a forma de esporo, podendo ser identificado na pele, na terra, em galhos, arbustos, águas putrefatas, poeira das ruas, trato intestinal e fezes (especialmente do cavalo e do homem, sem causar doença). A infecção por tétano acontece pela introdução desses esporos em solução de continuidade da pele e das mucosas, ferimentos superficiais profundos de qualquer natureza. 

    A partir destas duas mortes, de acordo com a enfermeira do setor, Carla Lili Muller, o município volta a manifestar a importância do esquema vacinal completo. “A vacina é a forma de prevenção mais recomendada para todos os adultos. Por isso, estamos intensificando o chamamento e o alerta à população para verificar sua situação vacinal. Todas as unidades de saúde do município com Sala de Vacinação têm disponíveis doses da vacina contra o tétano”, destaca Carla. 

    SINTOMAS

    Clinicamente, a doença manifesta apresenta sintomas como: febre baixa ou ausente, hipertonia muscula, hiperreflexia profunda e espasmos ou contraturas paroxísticas, que se manifestam à estimulação do paciente, o paciente mantém-se consciente e lúcido. O imunizante que previne a infecção é a vacina pentavalente, aplicada nos bebês, que integra portanto, o Calendário Básico de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Essa vacina, de acordo com a enfermeira Carla Lili, oferece proteção também contra difteria, coqueluche, doença pelo Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B.

    IDADES

    “A vacina antitetânica é indicada para imunização ativa de crianças a partir de dois meses de idade, em esquema de três doses com pentavalente, com intervalo de 60 dias entre elas, indicando-se um reforço de 12 a 15 meses com a vacina DTP (difteria-tétano-coqueluche), também um segundo reforço, com esta mesma vacina, é preconizado aos quatro anos de idade. A partir dessa idade, aplica-se um reforço a cada 10 anos com dose adulta após a última dose”, explica Carla. O esquema inicial inclui aplicação de três doses com reforços subsequentes a cada 10 anos, ou se ocorrer algum ferimento neste período, poderá ser adiantada para cinco anos após a última dose do esquema inicial ou do último reforço.

    DIAGNÓSTICO

    Com relação ao diagnóstico da infeção, segundo a enfermeira, é essencialmente através de exames clínico, não dependendo de confirmação laboratorial. Já a conduta profilática frente a ferimentos suspeitos, conforme a enfermeira, depende do tipo de ferimento e situação vacinal do paciente (história prévia de vacinação contra o tétano).