Política

Projeto do Senado quer incluir tipo sanguíneo e opção por doação de órgãos na CNH

Publicado em: 25 de janeiro de 2020 às 20:06 Atualizado em: 21 de fevereiro de 2024 às 22:24
  • Por
    Milena Bender
  • Fonte
    SENADO
  • Foto: Divulgação/EBC
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    Objetivo é facilitar o atendimento de urgência ou emergência em casos de acidentes graves

    A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) poderá passar a exibir o tipo sanguíneo e o fator RH do motorista, além da opção do titular pela doação de órgãos e tecidos. É o que prevê o projeto de autoria do senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), que está sendo analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. 

    Atualmente a carteira de motorista tem como itens obrigatórios a fotografia, a identificação e o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). Para Cunha, incluir as informações sobre tipo sanguíneo pode facilitar o atendimento de urgência ou emergência em casos de acidentes graves ou outras situações que demandem transfusão urgente de sangue. “Em algumas situações clínicas graves, o retardamento do início da transfusão de sangue pode colocar em risco a vida do paciente, de modo que a transfusão pode ter que ser realizada antes mesmo da realização dos testes pré-transfusionais”, lembra o parlamentar.

    No caso da informação sobre o dono da CNH ser ou não doador de órgãos e tecidos, o senador reconhece que é um tema sensível para muitas pessoas. Por essa razão, o texto traz uma ressalva para permitir ao titular a opção de não inserir esse tipo de informação. Ainda assim, segundo o senador, a possibilidade de colocar essa informação no documento já é um motivo para que as pessoas reflitam sobre o tema. “Esse registro pode ser de grande auxílio para a família na difícil hora de decidir a respeito da doação dos órgãos do parente falecido. Como resultado, a medida pode promover um aumento no número de famílias que dizem sim à doação de órgãos, outra importante forma de salvar vidas”, explica.

    A decisão da comissão é terminativa. Isso significa que, se o texto for aprovado, poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso para a análise do Plenário do Senado.