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“Se o motoboy fizer 20 entregas em uma noite, são 20 pessoas a menos nas ruas”, diz profissional

Publicado em: 23 de março de 2020 às 11:02 Atualizado em: 22 de fevereiro de 2024 às 07:59
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Guilherme Bica/Portal Arauto
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    Em meio à pandemia, categoria pede por colaboração da sociedade e reconhecimento

    Há cinco anos, Jonatan Azevedo trabalha pelas ruas de Santa Cruz do Sul, representando os milhares de motoboys do Brasil. Sua profissão, que sempre foi importante, torna-se ainda mais essencial em meio à pandemia do novo coronavírus. E embora os riscos por não estarem em casa e também pelo cansaço diante da demanda do serviço, os profissionais preferem estar nas ruas, pois sabem a diferença que podem fazer para o mundo neste momento.

    Azevedo, que nesta segunda-feira (23) participou das orientações da Vigilância Epidemiológica no centro da cidade, salienta: "Se o motoboy fizer 20 entregas em uma noite, são 20 pessoas a menos nas ruas". Por isso, ele e seus colegas sabem que quanto mais aumentar o fluxo de suas corridas, mais o planeta tem chance de se curar. Afinal, eles estão realizando delivery de lanches, mas também de remédios e até efetuam pagamento de contas.

    Por conta da grande exposição da classe, Azevedo pede colaboração das pessoas. "Lembrem da higienização antes de nos receber, limpem seus cartões, paguem com valor exato ou já peçam troco antes. Estamos aumentando a limpeza das bags, máquinas e celulares, mas também precisamos de ajuda", diz. Outro ponto importante é descer até a porta do prédio, se possível, para buscar o produto. "Além de termos a chance de fazer o atendimento em local aberto, evitamos a possibilidade de levar o vírus para as portas, corrimões de escadas e elevadores", destaca. 

    Empresas ou pessoas que quiserem contribuir com o trabalho dos motoboys, podem realizar a doação de álcool gel no momento da tele-entrega e ajudar, de casa, quem precisa estar nas ruas.