Política

Confira o que pensam os vereadores sobre a possibilidade de adiamento das eleições 2020

Publicado em: 29 de abril de 2020 às 14:56 Atualizado em: 22 de fevereiro de 2024 às 08:53
  • Por
    Milena Bender
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Arquivo/Jornal Arauto
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    Opiniões ficaram divididas entre os parlamentares da região

    Dúvida. Essa talvez seja a melhor palavra para definir o cenário eleitoral de 2020. Poucos candidatos estão previamente apresentados e a data do pleito é incerta. Embora sem nenhum posicionamento oficial sobre adiamento, o assunto repercute e hora ou outra volta à tona. Nos últimos dias, muito se falou sobre as eleições municipais: saem no tempo certo? Serão postergadas, mas realizadas ainda em 2020? Serão adiadas e realizadas de forma unificada em 2022? Respostas que todos buscam. A questão é: depende do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que se manifestou recentemente que há possibilidade e condição do pleito sair em 4 de outubro.

    Frente ao cenário de incertezas, o Grupo Arauto entrou em contato com os 17 vereadores de Santa Cruz e os 11 vereadores que compõem a Câmara de Vera Cruz, a fim de saber a opinião dos parlamentares. Confira o que eles disseram quanto ao possível adiamento:

    SANTA CRUZ

    Alberto Heck (PT) – “Sou a favor do adiamento. No entanto, não sabemos a partir de quando vamos ter clima para campanha. Além disso, estas decisões vêm de cima, com todas as particularidades e interesses envolvidos. Existe o debate sobre a unificação das eleições e realização de eleições gerais. Sou a favor, mas tenho a convicção de que o Congresso não vai abrir mão de reservar para si um mandato de seis anos, para então unificar e realiza-las, preferencialmente, a cada cinco anos e sem o reeleição”.

    Alceu Crestani (PSD) – "Precisamos aguardar. Mas se é para o bem das pessoas, se vai ajudar a melhorar a situação, que se adie para o próximo ano".

    Alex Knak (MDB) – "Sou a favor da eleição neste ano. Não acho acertado unificar as eleições para todos os cargos eletivos, prorrogando para mais 2 anos os mandatos de vereadores e prefeitos, sob a justificativa da pandemia. Se todo poder emana do povo e o voto periódico é uma cláusula pétrea, o Estado brasileiro precisa organizar as eleições para não aumentar a crise de representação política e retirar o direito da população votar e dar oportunidade para novos líderes na esfera municipal".

    André Scheibler (PSD) – "Sou contrário ao adiamento. Já está definido no calendário, não podemos mudar a regra. As eleições devem ser mantidas".

    Ari Thessing (Cidadania)  "Sou contrário, a não ser que seja adiamento de um dois meses".

    Bruna Molz (Republicanos) "Sou a favor do adiamento, mas não para 2022, no máximo, ano que vem. Não tem clima para fazer eleições agora. Ao meu ver inclusive, campanhas e eleições deveriam ser feitas on-line, mas como as pessoas precisam ir votar e isso causa fila e aglomerações, e melhor adiar".

    Bruno César Faller (PDT) – "Sou contra o adiamento. As eleições devem se realizar ainda nesse ano, até porque fomos eleitos para 4 anos".

    Edmar Hermany (PP) – "Sou totalmente favorável ao adiamento, pela situação que estamos vivendo. As pessoas estão com medo, não é seguro. Como vamos fazer uma campanha se não podemos ter contato, não podemos dar um cumprimento de mão as pessoas? Então não tem ambiente político que justifique uma eleição".

    Elo Schneiders (PSD) – "Eu sou favorável a ter eleições em outubro, mas em primeiro lugar, temos que ver a saúde das pessoas e isso não podemos abrir mão. Temos que abrir mão de interesses pessoais em troca de conseguir salvar vidas. Então se essa pandemia continuar e avançar, não sei se vai haver condições de manter as eleições. Mas se o coronavírus recuar e não prejudicar as pessoas, eu sou favorável a ter eleições ainda nesse ano".

    Elstor Desbessel (PL) – "Estou preparado para as eleições de outubro, apesar da pandemia. Pelo que tenho acompanhado, dentro do possível as eleições serão mantidas para outubro. Eu gostaria que fossem em outubro".

    Francisco Carlos Smidt (PSDB) – "É uma questão que depende muito de como vai decorrer a questão do Coronavírus. Mas nessas condições atuais, não tem a mínima condição de realizar eleição, é fora de propósito, até pela segurança da comunidade. O ideial seria adiar, mas que ainda pudessem ocorrer nesse ano".

    Gerson Trevisan (PSDB) – "Pelo cenário que se desenha, acredito no adiamento no período de 30 a 60 dias, até para economia de recursos que podem ser investidos na saúde da população".

    Hildo Ney Caspary (PP) – "Acredito que devemos manter as eleições, dentro das possibilidades. Se for para adiar, que seja no período de 30 ou 60 dias, mas que seja ainda nesse ano".

    Licério Agnes (PSD) – "Não irei me manifestar sobre o assunto. Essa é uma decisão do TSE e aguardamos o comunicado do órgão".

    Luizinho Ruas (PSD) – "Sou favorável que seja utilizado os recursos do Fundo Partidário nesse momento. Se o cenário melhorar, que se faça eleição sem esse recurso. E se tiver que ser feito o adiamento, que seja o mais breve possível".

    Mathias Bertram (PTB) – "Acredito que as eleições possam ser transferidas para dezembro sem prejuízo".

    Zé Abreu (PTB) – “Acredito que não haverá aditamento. Aliás, torço que isso não aconteça, em respeito aos eleitores. Havendo essa possibilidade, a população perde a oportunidade de escolher novos candidatos que atendam aos anseios da comunidade. Eu poderia estar torcendo para o adiamento, pois teria mais dois anos ou alguns meses até a nova data, já que, sou suplente. Mas, não podemos ver apenas um lado. Temos que analisar e entender que a comunidade pede mudança na política. Por isso, em épocas difíceis como a qual estamos passando, ela vê quem realmente tem interesse”.

    VERA CRUZ

    Dalvo Pedro Wink (MDB): a favor de adiar, por algum tempo. Mas diz que é difícil dizer para 2022, pois a comunidade elegeu para um mandato de quatro anos. “É injusto permanecer no mandato por mais tempo sem o aval do eleitor”, diz. “Agora, temos que pensar nas administrações. O Brasil é muito grande. Se os prefeitos não fecharem as contas, no meu entender, seria justo eles terem tempo para arrumar a casa e entregar em dia para os próximos”, acrescenta. 

    Eduardo Viana (PTB): indiferente se acontece em outubro ou não. “Acredito que deva se fazer o que for necessário, para dar segurança a todos os cidadãos”, observa.

    Flávio Schunke (PDT): favorável ao adiamento. Segundo ele, por duas razões: pandemia e evitar gastos supérfluos. Com a unificação das eleições em 2022 haveria significativa economia de verbas públicas que poderiam ser investidas em benefícios da população.

    Horst Frederico Schuh (PP): indiferente se acontece em outubro ou não. Mas acha que será adiada em função da pandemia. “Precisamos pensar na saúde”, pontua.  

    José Abrelino da Silva (PSB): favorável que seja realizada em outubro e que não tenha dinheiro público envolvido na campanha.

    José Adroaldo da Silva (MDB): depende da situação do coronavírus. “É muito cedo para dizer e opinar”, comenta. 

    Ludwig Conrad (PSB): indiferente se acontece em outubro ou não. “Foco neste momento é na saúde”, destaca.

    Maria de Fátima Gomes dos Santos (PP): favorável que seja em outubro. Se for adiada, mas que seja em 2020. 

    Mártin Fernando Nyland (PTB): é preciso ver a questão da pandemia. “Não tem como ser contra ou a favor. Depende disso”, frisa ele, mas que gostaria que saísse em outubro. “Não concordo com a questão de unificar as eleições pela dificuldade das pessoas votarem em muitos cargos”, explica. 

    Marcelo Rodrigues de Carvalho (PTB): acredita que o atual momento fará com que a eleição seja postergada, mas prefere que ela ocorra o mais breve possível.

    Waldir Justmann (MDB): indiferente se acontece em outubro ou não. “Acredito não ser uma questão de escolha. O momento é de pensar na saúde”, frisa.