Política

Preso há quase um ano, Paulinho Lersch irá testemunhar em processos de ex-colegas vereadores

Publicado em: 07 de maio de 2020 às 17:10 Atualizado em: 22 de fevereiro de 2024 às 09:31
  • Por
    Milena Bender
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Jacson Miguel Stülp/ Assessoria de Imprensa
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    Denúncias de Schneiders e Crestani também envolvem esquema de captação de salários de servidores

    Um dos depoimentos dos processos que podem culminar na cassação de mandato de Elo Ari Schneiders (PSD) e Alceu Crestani (PSD), será o do ex-vereador Paulo Henrique Lersch, preso há quase um ano em desdobramento da Operação Feudalismo do Ministério Público (MP) de Santa Cruz. A oitiva ocorre nesta quarta-feira (13).

    De acordo com o advogado Ezequiel Vetoretti, que assumiu o caso de Lersch recentemente, o ex-parlamentar é uma das testemunhas de acusação arroladas pelo MP no processo criminal de Schneiders e Crestani e, na mesma linha, foi arrolado pela Comissão Parlamentar Processante (CPP). Quanto ao depoimento em si, o advogado não entrou em detalhes da postura que deve ser adotada, mas afirmou que, por conta da pandemia, possivelmente ocorrerá de dentro do Presídio Regional, através de um aplicativo de vídeochamada. 

    Tanto na denúncia de Lersch, quanto nas de Schneiders e Crestani – dentre outras irregularidades -, a investigação apontou a existência de um esquema de captação de parte dos salários de servidores da Câmara, conhecida como rachadinha. No caso do ex-parlamentar, o Legislativo não precisou instaurar uma Comissão Parlamentar Processante (CPP), pois Lersch renunciou o cargo quase um mês após a denúncia vir à tona.

    A situação atual do ex-vereador

    Paulo Henrique Lersch está preso desde o dia 5 de junho de 2019, acusado pelos crimes de coação, associação criminosa e concussão. No momento, o processo do ex-vereador – que já teve inúmeros pedidos de liberdade negados – está na fase recursal do Tribunal de Justiça (TJ). De acordo com Vetoretti, a defesa deve ser intimada pelo TJ nos próximos dias. "Agora que o processo subiu para o Tribunal de Justiça, a defesa vai ser intimada para apresentar as razões. Após isso, teremos que aguardar ainda um parecer do Ministério Público para então, ser marcado o julgamento", explicou.