Órgão e Defensoria não ficaram satisfeitos com proposta do clube oferecida aos familiares das vítimas
O Ministério Público e a Defensoria Pública entraram com uma ação contra o Flamengo no fim da tarde desta quarta-feira (20). No pedido o MP pede o fechamento do Ninho do Urubu e o bloqueio de R$ 57 milhões das contas do clube. Esse valor seria para o pagamento de uma eventual indenização imposta pela Justiça.
Conforme o GloboEsporte.com, que teve acesso aos valores detalhados que foram oferecidos pelo Flamengo aos familiares, os números variam de acordo com os grupos estipulados pelo clube.
GRUPO 1: vítimas fatais
Ressarcimento por dano moral de R$ 150 mil para cada genitor (no caso de a vítima ter pai e mãe o valor dobraria para R$ 300 mil). Cada irmão receberia R$ 50 mil e cada avô outros R$ 25 mil.
GRUPO 2: vítimas lesionadas com dano permanente
Pagamento de integral dos estudos até o ensino superior. Caso a vítima não se profissionalize como atleta do futebol o clube ofereceria um cargo no clube em funções administrativas. Outra opção seria o clube pagar uma pensão com valor a ser combinado e mais R$ 150 mil.
GRUPO 3: vítimas lesionadas sem dano permanente
Indenização de R$ 40 mil a título de dano moral individual.
GRUPO 4: vítimas não lesionadas
Esse grupo inclui funcionários do clube que estavam no Ninho na hora do incêndio. O clube ofereceu R$ 20 mil também por dano moral.
Sobre a pensão de um salário mínimo oferecida pelo Flamengo, esse valor seria pago ao genitor por dez anos ou até o falecimento dele, o que ocorrer primeiro. Por fim, o clube propôs ainda a criação de um projeto social para assistir as vítimas lesionadas e os familiares dos dez garotos que morreram na tragédia.
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