Política

Ministério Público Federal denuncia Temer por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro

Publicado em: 29 de março de 2019 às 18:13 Atualizado em: 21 de fevereiro de 2024 às 10:02
  • Por
    Kethlin Nadine Meurer
  • Fonte
    Gaúcha ZH
  • Foto: Divulgação
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    As denúncias serão analisadas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio

    O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro denunciou criminalmente o ex-presidente Michel Temer (MDB), o ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia) e outros investigados por supostos desvios milionários nas obras da usina nuclear de Angra 3. Temer e Moreira são alvos da Operação Descontaminação — desdobramento da Lava-Jato.

    Conforme o que foi divulgado pela Gaúcha ZH, a Procuradoria da República apresentou duas acusações formais contra Michel Temer. Uma por corrupção e lavagem de dinheiro e outra por peculato e lavagem de dinheiro.

    As denúncias serão analisadas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, que mandou prender Michel Temer, Moreira Franco e outros oito alvos da Descontaminação.Se o magistrado aceitar as acusações, o ex-presidente responderá a ações perante a Justiça Federal fluminense.

    Temer foi preso no dia 21 quando saía de casa em São Paulo. O ex-presidente passou quatro dias recolhido na Superintendência da Polícia Federal do Rio em uma sala de 46m².

    Na segunda (25) o desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2) mandou soltar o emedebista e outros sete alvos da Descontaminação.

    Na quinta (28) Temer tornou-se réu em ação criminal pela primeira vez por decisão do juiz Rodrigo Parente Paiva, da 15ª Vara Federal de Brasília. Neste caso, o ex-presidente é acusado por corrupção por causa da mala de R$ 500 mil.

    Em abril de 2017, o então assessor do presidente Rodrigo Rocha Loures foi filmado em ação controlada da Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil do executivo da J&F, Ricardo Saud. Ele foi um dos alvos da Operação Patmos, deflagrada em maio daquele ano, com base na delação de executivos da holding.

    Segundo a denúncia oferecida em 2017 pelo então procurador-geral Rodrigo Janot, e ratificada pelo procurador da República Carlos Henrique Martins Lima, os pagamentos poderiam chegar ao patamar de R$ 38 milhões ao longo de 9 meses.

    Com o fim do foro privilegiado de Temer, depois que saiu da presidência da República, o processo foi remetido à primeira instância e tramita na 15ª Vara Federal.