Geral

Qual palavra define este ano?

Publicado em: 30 de dezembro de 2020 às 18:07 Atualizado em: 23 de fevereiro de 2024 às 08:06
  • Por
    Caroline Moreira
  • Fonte
    Jornal Arauto
  • Foto: Arte/Jornal Arauto
    compartilhe essa matéria

    O Jornal Arauto saiu pelas ruas de Vera Cruz e questionou algumas pessoas com a pergunta: “em uma palavra, como você define 2020?”

    Um ano tão atípico e singular está chegando ao fim. 2020 despertou nas pessoas a transformação. Foi diferente. Desde que a pandemia do coronavírus começou, o mundo deu um giro de 360 graus. Foi necessária a mudança. A incerteza de mês em mês trouxe inúmeras experiências e o isolamento forçado provocou a saudade.

    Para um tempo tão tecnológico, o abraço e o contato físico fizeram muita falta. Cada um sentiu de uma forma. Viveu de acordo com a sua realidade. Seja ela positiva ou negativa. O fato é: 2020 deixou grandes lições. E é a partir destes aprendizados que daremos início a um novo ano.

    O Jornal Arauto saiu pelas ruas de Vera Cruz e questionou algumas pessoas com a pergunta: “em uma palavra, como você define 2020?”. Muitas das expressões vieram acompanhadas de tantas outras, por certo, pensando em um ano extremamente atípico. Mas 2021 está aí. E com ele, uma onda de renovação e fé. E de esperança de que tudo vai passar e melhorar.

    Jetson Finger, 20 anos
    Para o jovem, morador de Vila Progresso, interior de Vera Cruz, inesquecível é a definição de 2020. Jetson avalia os inúmeros aprendizados conquistados ao longo do ano, muitos oriundos da necessidade do distanciamento social, como um progresso. “Um dos meus maiores aprendizados, sem dúvidas, foi dar mais valor à minha família”, diz o jovem. Acostumado a sair e se divertir com os amigos, se viu neste ano mais conectado com os familiares. E não foi por uma tela de celular. “Soube sentar e conversar com eles. Por isso, para o próximo ano, quero que o nosso contato continue”, deseja Finger.  

    Orlanda Fontoura, 38 anos
    Para Orlanda, o ano despertou uma mistura de sentimentos. O principal deles, a dor e a tristeza. “Além de tudo que vivenciamos ao longo deste ano, estou sofrendo pela perda minha mãe, que faleceu há quatros meses. Também não pude mais trabalhar. Então, meu 2020 está sendo doloroso”, avalia, emocionada. Apesar da grande perda, Orlanda destaca que o maior aprendizado adquirido ao longo dos meses foi valorizar mais a família. “Aprendi a dar mais valor ao abraço, à companhia. Se antes preferia conversar por celular, hoje o que eu mais quero é matar a saudade dos meus familiares pessoalmente”, frisa.

    Neli Ritzel, 57 anos
    Para a vale-solense Neli, de Faxinal de Dentro, o ano foi difícil pela crise que se instalou e, principalmente, pela Covid-19. A doença provocou a distância entre mãe e filha. “Foi e é muito complicado ter que ficar longe da minha mãe, que tem 91 anos. Poder olhar e não poder abraçar”, conta, emocionada. Apesar dos momentos difíceis, Neli salienta que os enfrentou com muita fé. “Aprendemos a ser mais religiosos. Foi preciso acontecer algo tão difícil para nos dedicarmos mais à fé. Espero que daqui para frente, a religião e a esperança nos acompanhem sempre”, frisa. 

    João Francisco Regert, 56 anos
    Para João, morador do centro de Vera Cruz, 2020 foi uma grande luta. “Foi necessário travarmos algumas batalhas para passar por cima de tudo que aconteceu neste ano”, avalia. Para não fugir de suas metas, João manteve o foco durante os meses mais difíceis. “Eu mirei para frente e tentei seguir com a vida o mais normal possível. Mas o cuidado prevaleceu em todos os aspectos”, destaca João. “Não podíamos parar, foi importante também termos muita fé”, salienta. Para entrar no 2021 com pé direito, João frisa que será necessário olharmos para todas as lições aprendidas neste ano. “Só assim, daremos valor a um novo ano”, ressalta. 

    Bruna de Azevedo, 31 anos
    Para Bruna, 2020 foi um grande desafio. Ela avalia que neste ano nada foi fácil e que as pessoas precisaram se adaptar dentro das suas realidades. “Estamos em constante desafio e, apesar de um ano tão diferente, estamos nos superando”, salienta. Moradora de Linha Henrique D’Ávila, ela passou por diversos obstáculos, como o desemprego. “Mas graças a Deus consegui outro. É preciso ter fé para enfrentarmos cada etapa e neste ano foi assim, sem perder a esperança”, diz. Bruna acredita ter tirado várias lições. “Também foi um ano de muita união, solidariedade, empatia e de soluções”, destaca.