Ações estão sendo realizadas em Venâncio Aires, Lajeado, Cruzeiro do Sul e em outras cidades do Estado e país
A Operação Afluência, realizada pela Polícia Federal com apoio do Ministério Público, Receita Federal, Polícia Civil, Brigada Militar e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), busca reprimir uma organização criminosa que está envolvida com o descaminho, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade documental.
As ações envolvem a compra e revenda de bebidas alcoólicas, oriundas do Uruguai e Argentina, e que ingressam ilegalmente no Brasil. Para a desarticular o grupo, a operação realiza 50 mandados de busca e apreensão, cinco de prisão preventiva, 22 medidas cautelares substitutivas de prisão, além de decretos judiciais de sequestro de 133 veículos e 30 imóveis, e o bloqueio de valores depositados em contas dos investigados e de empresas. Os bens estão avaliados em aproximadamente R$ 20 milhões.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal, o grupo criminoso contava com a participação de fornecedores e intermediários para aquisição dos produtos diretamente com os proprietários de free shops uruguaios ou das lojas de vinhos argentinas. O pagamento era realizado de forma física ou através da utilização de doleiros. Depois que os produtos estavam no Brasil, eram transportados aos depósitos do grupo criminoso.
Estas bebidas eram remetidas a grandes atacados estabelecidos nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. As cargas de bebidas eram transportadas em veículos próprios da organização, especialmente carretas e caminhões, acondicionadas sob outros produtos como grãos e frutas. Outra forma de envio das mercadorias ocorria por meio de empresas transportadoras com utilização de notas fiscais falsas, emitidas por empresa ligadas ao grupo.
Para receber os valores pela venda das mercadorias, a organização criminosa valia-se de contas tituladas por dezenas de pessoas físicas e jurídicas, chamadas de laranjas, como concessionárias e locadoras de veículos, construtoras, postos de combustíveis e do ramo de cigarros.
A investigação indica que o grupo criminoso age de forma estruturada, ao menos, desde janeiro de 2019, tendo movimentado mais de R$ 62 milhões com a venda de bebidas alcoólicas ilicitamente introduzidas em território brasileiro.
Notícias relacionadas

Polícia Civil de Venâncio Aires prende suspeito de homicídio
Crime ocorreu no último sábado, na localidade de Vila Mariante

Acidente entre três veículos causa congestionamento na ERS-409
Colisão resultou apenas em danos materiais

Condenado por estuprar sobrinha de 4 anos é preso pela Polícia Civil
Sentenciado a uma pena de 14 anos, ele foi conduzido ao sistema prisional

Homem que respondia processo em liberdade sai do Fórum preso após ameaçar vítima e testemunha
Acusado de tentativa de homicídio após a Procissão das Criaturas enviou mensagens pedindo para alterar depoimento e disse para cuidarem o que iriam falar na audiência