Fala de Mateus Porto chamou atenção dos presentes nesta quinta-feira
Uma fala do advogado Mateus Porto chamou atenção dos presentes em um júri que ocorreu, na tarde desta quinta-feira (30), no Fórum de Santa Cruz do Sul. Os jurados, quatro homens e três mulheres, foram responsáveis por definir o futuro de Matheus Fernandes de Oliveira e Rodrigo Lopes, acusados de terem participação em um duplo homicídio registrado há cerca de quatro anos, em 30 de dezembro de 2019, no Residencial Viver Bem.
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O advogado, representando o réu Mateus, adotou uma postura baseada no princípio in dubio pro reu durante sua argumentação. A expressão em latim reflete a ideia de que, em casos de incerteza ou dúvida sobre a culpabilidade do acusado, a decisão deve beneficiar o réu. Mateus Porto destacou divergências no processo, como o fato de que o celular do réu teria sido perdido no centro da cidade antes do Natal e o homicídio teria ocorrido dias depois.
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A defesa ainda questionou a ausência de vestígios de sangue no carro e criticou a falta de uma perícia mais aprofundada. Ele comparou o caso a uma situação em Camaquã, onde um roubo de grande montante recebeu técnicas investigativas avançadas. “Por que não tem essa perícia nesse caso aqui também? É porque é mais fácil condenar alguém da Zona Sul só com alguns prints de conversa? Isso tá definindo o futuro de uma pessoa”, pontuou.
Para Mateus Porto, há superficialidade nas provas utilizadas. Segundo ele, a testemunha do crime, namorada de Bruno Lutiele Rosa de Paula, uma das vítimas, reconheceu apenas o atirador na fase de investigação e afirmou não ter visto Matheus no dia do crime. “A autoridade policial se contentou com provas totalmente superficiais”, disse ainda o advogado.
Sentença
Após um julgamento que se estendeu por seis horas, Matheus foi condenado por homicídio triplamente qualificado, com pena de 18 anos e 8 meses de reclusão. Em contrapartida, Rodrigo foi absolvido das acusações.
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