Sandra Backes e Jackson Rabuske falaram sobre o conflito
A prefeita de Sinimbu, Sandra Backes, detalhou os motivos que levaram ao rompimento dos dois principais partidos da coligação governista – União e PL. A decisão agitou o cenário político regional. A entrevista foi feita horas depois do anúncio do fim da parceria, realizado nessa terça-feira (29) durante uma reunião com as lideranças políticas do município.
A gestora afirmou que discorda, há algum tempo, dos posicionamentos adotados pelo vice-prefeito Jackson Rabuske. “Desde que nós assumimos, ele tomou a posição de que não ficaria em nenhuma secretaria, ele seria apenas o vice-prefeito, e está tudo bem, mas que ajude então a trabalhar, para o bem coletivo de toda a população aqui do nosso município”, disse.
Para Sandra Backes, algumas decisões tomadas durante a campanha de Rabuske, que buscou uma cadeira na Assembleia Legislativa, estremeceram ainda mais as relações já fragilizadas. “Ele já estava fazendo campanha sem se licenciar. Eu pedi pra ele ir até a minha sala e disse que campanha não se faz dentro da Prefeitura, em horário de expediente”, destacou.
Ao longo das eleições, o secretário de Obras, que havia sido indicado pelo vice-prefeito, foi desligado. “Tive que exonerar pela falta de transparência e de ética. Favorecimento próprio? Não admito isso”, defendeu a prefeita. O objetivo da chefe do Executivo era que, com o término da disputa eleitoral, Jackson Rabuske assumisse o cargo que havia ficado vago.
Segundo a prefeita, os acontecimentos dos últimos meses se acumularam e levaram ao encontro desta semana. Sandra Backes, no entanto, garante que a estrutura na Prefeitura segue disponível para utilização. “Ele precisa responder pelos seus atos. Ele vai, sim, ocupar o gabinete dele, que está disponível, porque hoje eu já não confio mais uma secretaria a ele”, finalizou.
Contraponto
Procurado pela reportagem para apresentar o seu ponto de vista sobre os conflitos recentes, Jackson Rabuske afirmou que o oferecimento de uma secretaria é mentira: “é algo inventado. Eu trabalhei sempre como vice-prefeito, atuando em todas as secretarias e nunca foi um problema. Nunca houve convite oficial pra alguma secretaria”.
O vice-prefeito acredita que a posição contrária do partido ao projeto do auxílio-aluguel, na Câmara de Vereadores em novembro do ano passado, tenha estremecido as relações e que a corrida eleitoral tenha piorado ainda mais a situação. “Depois da minha candidatura a deputado estadual, [mudou] mais ainda. O sentimento foi de inveja ou de alguma outra coisa. Eu não perco nem tempo pra me preocupar com isso”, manifestou.
Questionado sobre a atuação nos dois anos restantes de mandato, ele destacou que será efetiva e deve acompanhar de perto os problemas da comunidade. “Vou continuar com o meu carro, com a minha gasolina e sem gastar dinheiro público, visitando as comunidades e acompanhando as equipes de trabalho”, divulgou.
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