Em um júri desta semana, Luciano Menezes disse que Chapolin pedia para mortes serem gravadas
Em um júri realizado, nesta semana, em Santa Cruz do Sul, uma fala do delegado regional Luciano Menezes ganhou destaque. No julgamento dos responsáveis pela morte de Alexsandro Luis dos Santos Mello, a autoridade policial explicou os motivos que levaram os autores a filmarem a execução – prestação de contas para os líderes do crime organizado no Vale do Rio Pardo.
O homicídio do jovem aconteceu no primeiro dia de 2017. Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP), entre 0h e 3h, os homens mataram a vítima fazendo uso de arma de fogo. O caso aconteceu na Rua Victor Frederico Baumhardt, no Bairro Dona Carlota, e o corpo foi encontrado, por volta das 7h30mim, por populares. O crime teria sido praticado por vingança.
O vídeo foi encontrado no celular de um homem, apontado pela polícia como responsável pela morte. Luciano Menezes participou da ação, meses depois, que buscou elementos que pudessem auxiliar nas investigações: “Já chegamos na casa de manhã cedo. Nós batemos e anunciamos que era polícia. Ele pediu tempo para abrir a porta, alegando que tinha crianças no recinto. Como eu senti que ele estava enrolando, nós arrombamos e eu peguei ele na cozinha, apagando coisas do telefone celular”, disse.
O principal objetivo das diligências era encontrar o aparelho, para obter informações da execução que havia sido gravada a mando de Antônio Marco Braga Campos, conhecido como Chapolin no meio policial, que está há quatro anos no sistema federal. “É um homem mau. Ele ordenou uma série de homicídios”, pontuou. Um levantamento feito pela polícia mostra que são, pelo menos, 53 mortes que têm envolvimento da facção Os Manos em Santa Cruz. Grande parte das ações eram filmadas. “Ele [Chapolin] gostava de ter acesso às execuções. Ele pedia para ver vídeo”, finalizou.
O homem que estava com o celular ainda resistiu em entregar o eletrônico para os policiais. Com autorização judicial, o delegado Alessander Zucuni Garcia conseguiu extrair outros dados. “O vídeo mostra a vítima sendo colocada de joelhos e falando ‘Máscara, não me mata, por favor’. O Máscara pergunta para um indivíduo que estava junto, que eu não sei quem é, se estava gravando”, destacou.
LEIA MAIS: Como a facção Os Manos dominou o crime organizado na região
Motivação
As imagens ainda mostram Máscara questionando o jovem se ele sabia os motivos pelos quais estava sendo morto. Meses antes de ser assassinado, ele havia sido preso pela Brigada Militar, na BR-471, transportando drogas para outra facção – Os Máquinas, hoje Bala na Cara. “O Máscara fala que ele morreu porque ele pegou drogas dos contras”, finalizou.
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