Polícia

“Pedimos um guarda para funcionamento integral da escola”, solicita professora de Santa Cruz

Publicado em: 30 de agosto de 2024 às 09:18
  • Por
    Mônica da Cruz
  • Colaboração
    Eduardo Wachholtz
  • Manifestação ocorreu na sede do educandário | Foto: Eduardo Wachholtz/Grupo Arauto
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    Profissionais que atuam na Emei Vovô Arlindo realizaram protesto após episódio de agressão; fato semelhante também foi registrado em 2016

    Após uma professora ser agredida física e verbalmente pela mãe de um aluno, nessa quinta-feira (29), profissionais que atuam na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Vovô Arlindo, de Santa Cruz do Sul, realizaram uma mobilização nesta sexta-feira (30). Além disso, o grupo, depois de uma reunião, decidiu por paralisar às atividades ao longo do dia.

    O ato, conforme a professora Fernanda Rocha Machado, visa demonstrar o apoio à profissional agredida e o repúdio a um “fato inadmissível, de uma maneira covarde.” Fernanda relata que a suspensão das aulas ocorre como forma de gerar uma maior visibilidade ao fato e reforçar o pedido de segurança. “[A agressão] foi dentro das dependências públicas, em frente a alunos, no horário da saída das crianças, e isso não pode mais acontecer com nenhuma das profissionais, professoras, atendentes, serventes, todos os profissionais que estão dentro da escola exigem a segurança. E esse é um pedido antigo da comunidade”, revela.

    Foto: Eduardo Wachholtz/Grupo Arauto

    Um episódio semelhante foi registrado no educandário, que fica localizado no Bairro Santa Vitória, em 2016. Na época, uma monitora foi agredida e o caso também chamou a atenção da comunidade santa-cruzense. “Hoje [sexta-feira] a gente está aqui na presença da guarda municipal, claro que é um dia excepcional, de paralisação, mas nos outros dias a gente está aqui e não temos segurança, o portão permanece aberto, qualquer pai, qualquer pessoa da comunidade tem acesso a nossa escola. Isso é um fato positivo, mas precisamos adequar isso dentro da segurança das crianças, das profissionais e das próprias famílias”, salienta.

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    Com relação a agressão registrada nessa quinta-feira, a professora revela que a mãe do estudante já havia realizado ameaças contra funcionárias do educandário. Segundo Fernanda, a mulher teria ficado insatisfeita com alguns episódios que aconteceram com seu filho e teria feito as agressões verbais. O fato foi registrado em ata. “Foi uma agressão bem grave. A nossa colega não está presente, porque está bem abalada psicologicamente, ela está com dores, ela vai fazer hoje o exame de corpo de delito. Foram socos, foram tapas, foram chutes, na presença de demais colegas que foram agredidas verbalmente também, de termos pejorativos, palavrões, agressões realmente pesadas.”

    Para Fernanda, a situação mexe com todos os profissionais e a sensação de insegurança aumenta ainda mais. No entanto, ela reforça que os servidores da Emei Vovô Arlindo amam estar no local e atender as crianças. “Essa mãe, ela não representa a comunidade de Santa Vitória, a gente está ciente disso. A gente ama essas famílias, a gente sabe o respeito que a maioria tem por nós, pelo nosso trabalho, mas infelizmente esses casos acontecem, é minoria, mas precisa ser coibido com efetividade por parte dos nossos gestores públicos, e é isso que a gente está pedindo, um guarda para funcionamento integral da escola, das 6h30min às 12h30min”, pondera.

    A Secretaria da Educação de Santa Cruz também se manifestou sobre o caso. Conforme nota, a pasta está tratando a “situação com a seriedade que merece e tomaremos todas as providências necessárias para garantir um ambiente seguro e harmonioso para todos.” Nesta sexta-feira, o atendimento na Emei ocorre em regime de plantão, atendendo exclusivamente aqueles que realmente não têm outra opção de cuidado para seus filhos.

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