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Arauto Saúde: o que é a Leishmaniose?

Publicado em: 30 de agosto de 2019 às 09:26 Atualizado em: 21 de fevereiro de 2024 às 14:51
Foto: Taliana Hickmann/Jornal Arauto
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Veterinária da Vigilância Sanitária de Santa Cruz, Daniela Klafke explica e orienta sobre o assunto

A Leishmaniose é uma doença que pode ser transmitida tanto para cães como em humanos. Após notificações de suspeita de casos em humanos, em Santa Cruz do Sul, a Secretaria de Saúde ficou em alerta e buscou realizar ações para controlar a doença. O Arauto Saúde desta semana aborda o assunto e quem orienta e explica mais sobre a doença é a veterinária da Vigilância Sanitária de Santa Cruz do Sul, Daniela Klafke.

De acordo com a profissional, a Leishmaniose é uma doença causada por um protozoário, um parasita transmitido pelo mosquito palha. “É um mosquito bem pequeno, parecido com borrachudo e que vive nas matas”, explica. O assunto tem sido intensificado nas últimas semanas, pois a doença está no município há 10 anos, com casos em cães. “Sabemos que todo caso em cão precede um caso em humano. Em 10 anos não diagnosticamos nenhum paciente, mas o que acontece? Os sintomas são muito confusos, então não temos um diagnóstico específico por parte dos profissionais de saúde”, explica. “No cão, confunde-se bastante com a sarna”, completa. Ainda segundo Daniela, a Prefeitura  chegou a ter notificações em seres humanos, porém, todos descartados. “Mas surgiu a necessidade de informar melhor a população, bem como os profissionais de saúde”, completa.

Como ocorre a transmissão? “O cachorro é o principal reservatório da doença nos centros urbanos. Existe uma atração do mosquito pelo cão e o fato de ter cães errantes soltos na rua, principalmente nos horários de maior ação do vetor (que é à tardinha e ao amanhecer), ele vai se alimentar do sangue desse cão, que acaba sendo reservatório da doença”, esclarece Daniela. “Qualquer outro mosquito que picar esse cão positivo, portador e depois for picar outra pessoa vai levar a doença para essa pessoa”, acrescenta.

 

Nos cães, os sintomas iniciais são parecidos com sarna. “Outra característica é a perda de pêlo ao redor dos olhos, o cão pode ter uma conjuntivite e emagrecimento”, aponta. “Conforme vai avançando ocorrem feridas, o animal fica mais debilitado”, diz. Em humanos, o  que preocupa é não ter um diagnóstico específico. Porém, se a pessoa não está bem, emagreceu muito rápido, tem febre intermitente, a indicação é que procure um médico. Para evitar a doença, o animal pode ser protegido com a coleira repelente. Os humanos devem utilizem repelente, além de colocarem telas nas janelas da casa.