Uma ocorreu em 2018 e outra em 2021, mas policiais não descartam participação em outros casos
Nesta sexta-feira (30), a Polícia Civil de Venâncio Aires encaminhou ao Poder Judiciário um inquérito que apura a autoria e motivação de duas mortes de moradores de Mato Leitão. A indiciada é uma mulher de 62 anos, que reside na Vila Rica, em Venâncio Aires, e diz ser cuidadora e enfermeira. No entanto, conforme as investigações, ela pode ser a autora dessas duas mortes, causadas por uma superdose de medicamentos.
O caso da Viúva Negra, como passou a ser chamado, começou a ser investigado em 27 abril de 2021, quando o registro do desaparecimento de um mulher, que tinha 51 anos na época, foi feito na delegacia. Ela era moradora do interior de Mato Leitão e estava em Venâncio Aires quando sumiu. O corpo dela foi encontrado três dias depois boiando nas águas do Arroio Castelhano, no Corredor dos Macacos, em Linha Olavo Bilac.
Segundo informações da investigação, o laudo da necropsia mostrou que antes de morrer a mulher havia ingerido Diazepam – o medicamento, quando consumido em altas doses pode levar a morte. As investigações policiais também apontaram que no dia em que sumiu, a moradora de Mato Leitão encontrou e conversou com a mulher que seria cuidadora e enfermeira. Em depoimento às autoridades policiais, a moradora de Venâncio Aires confirmou o encontro, mas disse que a amiga havia retornado ao seu município.
Na sequência das apurações, os agentes encontraram indícios do envolvimento da mesma mulher na morte de um ex-companheiro, em 2018, em Mato Leitão. Na época o caso foi tratado como suicídio por envenenamento. Entretanto, os policiais acreditam que a mulher deu o veneno para o companheiro, que tinha 47 anos na época dos fatos. O laudo da necropsia apontou que além do pesticida Furadam, ele havia ingerido doses de Diazepam.
Diante de todos os fatos constatados na investigação da Polícia Civil, a mulher foi indiciada por dois homicídios. Mas os policiais acreditam que ela possa estar envolvida em mais duas mortes. Se o Judiciário aceitar a denúncia, ela deverá enfrentar um júri popular.
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